A NASA usou o Hubble e a sonda New Horizons, simultaneamente, para capturar imagens diretas de Urano. Enquanto o telescópio detalhou a atmosfera do planeta, a sonda forneceu uma visão mais ampla, ajudando a dar um contexto adicional aos dados.

  • Clique e siga o no WhatsApp
  • James Webb detecta pistas sobre origem de Caronte, lua de Plutão
  • Água “bizarra” pode explicar campo magnético de Urano e Netuno

Estudos sobre Urano podem ajudar nas pesquisas sobre exoplanetas, já que muitos deles são semelhantes aos gigantes gelados do nosso Sistema Solar.

Observações recentes mostraram que Urano é mais escuro do que o previsto em certos comprimentos de onda, o que pode oferecer insights para os próximos telescópios que tentarão captar imagens diretas de exoplanetas.


Entre no Canal do WhatsApp do e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Mais de 6.000 exoplanetas já foram descobertos, mas os principais métodos de detecção não incluem observação direta. Em vez disso, os astrônomos contam com o trânsito planetário, que é quando o exoplaneta passa na frente de sua estrela, diminuindo sua luminosidade.

Imagens diretas de mundos ao redor de outras estrelas são difíceis de obter, mas valiosas para avaliar a habitabilidade e a formação planetária. Urano, por sua vez, serve como um ótimo modelo para estudar exoplanetas, pois sua composição é semelhante à de muitos gigantes gasosos.

À esquerda, a imagem do Hubble; à direita foto pela New Horizons. As representaçãos acima mostram o hemisfério capturado por cada instrumento (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/STScI/Samantha Hasler/Amy Simon/Equipe de Ciência Planetária da New Horizons)

A New Horizons (que atualmente viaja pelo distante Cinturão de Kuiper) capturou o “crescente crepuscular” de Urano a 10,5 bilhões de km de distância. Já o Hubble, a “apenas” 2,7 bilhões de km do planeta, registrou detalhes atmosféricos no lado diurno, revelando nuvens e tempestades.

Uma das perguntas que os astrônomos se fazem a respeito dos exoplanetas gelados é se eles têm nuvens semelhantes às dos gigantes do sistema solar. Com as observações do Hubble, os cientistas puderam validar dados da New Horizons, mostrando que o brilho do planeta não variava com a rotação.

Essa informação indica à equipe que as características das nuvens de Urano não estavam mudando como resultado da rotação do planeta. Além disso, a New Horizons mostrou que planetas parcialmente iluminados podem ser mais escuros que o esperado, com reflexões atmosféricas diferentes.

Os resultados dessa pesquisa foram apresentados na 56ª reunião anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana, realizada em Idaho, EUA, entre 6 e 10 de outubro.

Leia mais matérias no ItechNews .