Parece que a Lua tem uma camada de rochas derrestidas em seu interior, que seria como uma transição entre o manto e o núcleo. As evidências da estrutura estão na resposta do nosso satélite natural em relação às interações gravitacionais da Terra e do Sol.
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Pode não parecer, mas nossa Lua também sofre os efeitos das marés gravitacionais, que causam mudanças em seu formato e gravidade. A forma como ela responde a estas forças de maré depende muito da sua estrutura interna.
Assim, as respostas gravitacionais da Lua às interações com a Terra e o Sol ajudam os cientistas a entenderem o que existe sob sua superfície. Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados das mudanças que a Lua sofreu ao longo de um ano.
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Ao adicionar as distorções mensais e anuais no formato da Lua e do seu campo gravitacional a outras informações (como sua densidade média), eles conseguiram simular o interior do nosso satélite natural.
Foi assim que os pesquisadores descobriram que as medidas de gravidade observadas poderiam ser reproduzidas mais facilmente se adicionassem uma camada rochosa mais macia sob o manto dela. Eles concluíram que ter uma camada de material viscoso em seu interior parecia ser o cenário mais provável.
Se esta camada derretida realmente existir, talvez ela seja feita de ilmenita, um material rico em titânio. Estudos futuros podem revelar a fonte de aquecimento desta estrutura lunar — e, claro, se ela realmente existe.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista AGU Advances.
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