À medida que as mudanças climáticas afetam o planeta, cada vez mais ouvimos falar em índices sem precedentes, de temperatura a catástrofes naturais, como incêndios, tempestades, alagamentos e secas.
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Os furacões Helena e Milton atingiram os Estados Unidos, enquanto o super tufão Yagi chegou ao Vietnã. No Canadá, incêndios florestais devastaram cidades, e, no Brasil, secas atingiram rios importantes, enquanto o Rio Grande do Sul sofreu com enchentes. Na peregrinação dos muçulmanos à Meca, chamada Hajj, mais de mil pessoas faleceram com o calor extremo acima de 50 ºC.
Segundo cientistas internacionais, a situação tende a piorar, como visto no Relatório sobre o Estado Global do Clima de 2024 — mesmo se os governos alcançarem as metas de diminuição de emissões, há chances do planeta chegar a 2,7 ºC de aquecimento global em relação aos níveis pré-industriais, quase o dobro combinado como limite no Acordo de Paris, 1,5 ºC. Como sobreviveremos?
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Emissões de carbono e o clima
No relatório, verificou-se um aumento nas emissões de combustíveis fósseis, seguindo numa alta recorde. Mesmo com os avisos de equipes científicas, esse consumo não para de crescer — mesmo com o uso de energia solar e eólica, o uso de combustíveis fósseis é 14 vezes maior do que o das novas tecnologias.
Mesmo com os recordes de 2023 e de anos anteriores, 2024 ruma para ser o ano mais quente da história consecutivamente. Em novembro, deverá ocorrer a COP 29, da Organização das Nações Unidas (ONU) no Azerbaijão, onde líderes mundiais falarão sobre o clima. Mas sem redobrar os esforços e instaurar políticas públicas mais severas, dificilmente conseguiremos fazer algo quanto ao clima.
Metano e dióxido de carbono seguem se acumulando na atmosfera, e, no último mês de setembro, o CO2 atingiu 422 ppm (partes por milhão), comparado com 418 de 2023. Aerossóis atmosféricos, que ajudam a manter a poluição em cheque, estão diminuindo, o que faz o planeta seguir aquecendo.
O desmatamento em regiões críticas, como a Amazônia, só cresce, bem como o descongelamento dos pólos e a dificuldade do novo gelo se formar. Tudo isso diminui a capacidade do planeta absorver carbono naturalmente, também diminuindo seu albedo, ou seja, a reflexividade da superfície. O ciclo se retroalimenta, amplificando mais ainda as temperaturas globais.
Há solução para o clima?
O relatório sugere que a questão dos combustíveis fósseis seja encarada o quanto antes se as autoridades quiserem mitigar as mudanças climáticas. É necessário colocar um preço global no carbono alto, ou seja, cobrar dos emissores o bastante para que seja emitido o menos possível.
Isso também diz questão à injustiça climática — países pobres costumam ser os que mais sofrem com as mudanças climáticas, mesmo contribuindo muito menos do que os ricos.
Suporte técnico e financeiro deve ser dado aos países pobres, segundo os cientistas, para ajudar em sua adaptação ao clima extremo enquanto cortam as emissões desde o início, implantando energias renováveis, melhorando a infraestrutura e se preparando para desastres.
As políticas públicas atuais não são o suficiente para manter o aquecimento em 1,5 ºC — há de se pensar em mudanças imediatas e drásticas.
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