Chefão da Volkswagen promete 8 carros elétricos "baratos" até 2027

A Volkswagen não passa por um bom momento econômico no cenário global. Na última semana, a fabricante alemã reduziu a expectativa de vendas para 2024 a 9 milhões de unidades, além de revelar que emplacou 7% menos no terceiro semestre, sobretudo na China. A solução? Ter pelo menos 8 carros inéditos até 2027. Todos elétricos e mais baratos, ao menos para o padrão europeu.

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“Temos que produzir nossos veículos de forma lucrativa e colocá-los na estrada a preços acessíveis”, afirmou o CEO da Volkswagen (VW), Thomas Schaefer, em entrevista ao Auto Motor und Sport, citada pela agência Reuters.

Até o fechamento do 3º trimestre, a VW entregou 2,176 milhões de veículos, sendo 711.500 destes na China, onde a queda foi de 15%, maior que a europeia.

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Todos os modelos elétricos da VW, como o SUV iD.4, são médios ou grandes (Foto: Volkswagen/Divulgação)

Reduzir custos

Um dos modelos citados nominalmente pelo chefão da VW é o ID.2, que ainda é só um protótipo de hatch subcompacto, apresentado em 2023. Para o executivo, o desenvolvimento precisa ser mais rápido, caindo de 50 para 36 meses.

Reduzir tempo de desenvolvimento também é uma das formas de reduzir custos. E essa é uma das saídas que a VW está buscando em diversos mercados, incluindo Europa e China. A solução é apontada como fundamental por outro executivo, Marco Schubert, membro do comitê executivo da VW.

“Uma melhor base de custos, especialmente na Alemanha, é essencial para permanecer bem-sucedido neste ambiente, no futuro”, afirmou Schubert, em comunicado.

Além de tempo menor, carros mais simples podem ser a saída. Para o ID.2, a VW planeja a estreia de uma versão simplificada da plataforma MEB, que é modular e atende a toda família de elétricos que a fabricante entrega neste momento. Mas são todos modelos que partem de um porte médio, mais caros.

A meta da VW é ter modelos menores, compactos, com faixa de preço ao redor dos US$ 25 mil, se possível até abaixo, e isso demandaria construção mais simples e custos menores. Por exemplo, é o que a marca faz no Brasil com a plataforma MQB A0, que entrega Polo, Virtus, Nivus, T-Cross e vai fazer também o futuro substituto do Gol. Só que trocando motores flex por base elétrica.