Satélites da NASA capturaram imagens do apagão na Grande São Paulo, processadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis). O blecaute ocorreu após a forte tempestade que atingiu a capital paulista na sexta (11). 

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As diferenças entre as fotos antes e depois da tempestade são evidentes. A imagem feita na sexta (11) mostra a forte luminosidade na capital, mas a do dia seguinte traz brilho fraco e difuso, como se fosse visto através de um borrão.

Confira: 

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Uma publicação compartilhada por Humberto Barbosa (@lapismet)

Humberto Barbosa, fundador do LAPIS e professor associado da Universidade Federal de Alagoas, destacou em entrevista ao G1 que os pontos mais escuros nas imagens vêm das regiões em que o apagão foi mais forte e duradouro.

“A gente percebe que, ao passar das primeiras 24 horas, quando entra ali nas 48 horas, 72 horas, você percebe que, mesmo depois de estar a atmosfera um pouco mais seca, a periferia de São Paulo é onde está a maior parte ainda sob falta de energia”, disse. 

Temporal em São Paulo

A tempestade que atingiu São Paulo foi tão forte que pode ser considerada severa. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS), tempestades podem ser classificadas assim se produzirem ventos de pelo menos 93 km/h, granizo de 2,5 cm ou mais e ou um tornado. O temporal trouxe ventos a mais de 93 km/h, excedendo um dos critérios. 

Segundo Barbosa, a grande quantidade de umidade na atmosfera e um sistema de baixa pressão foram alguns dos mecanismos que causaram o fenômeno. “Uma intensa corrente de jato de baixo nível se juntou a uma frente fria. Isso resultou na formação de uma tempestade arqueada ou em formato de curva, provocando rajadas de vento muito intensas, em direção ao litoral”, escreveu ele na legenda da publicação no Instagram. 

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