Tempestades solares podem trazer belas auroras boreais, mas também podem prejudicar satélites de comunicação e outras tecnologias no espaço. Pesquisadores liderados por Amy Hessl, professora na Universidade de West Virginia, analisaram como os eventos do clima espacial podem deixar suas marcas nos anéis nos troncos das árvores, criando evidências importantes para a preparação contra fenômenos futuros. 

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O nome “clima espacial” costuma ser usado para descrever efeitos causados pela atividade solar, que podem afetar o espaço ao redor da Terra e outros planetas. Quando estes fenômenos interagem com o campo magnético terrestre, podem causar falhas na comunicação via satélite, em sistemas de GPS e redes elétricas. 

Isso ocorre porque os fenômenos do clima espacial geram partículas energéticas que, ao interagirem com os gases na atmosfera, criam radiocarbono (um isótopo instável e radioativo do carbono). Como as árvores usam o carbono no ar para crescer seus troncos, Hessl e seus colegas decidiram investigar a possível relação entre os anéis dos troncos e a atividade solar. Ela recebeu apoio de US$ 202 mil da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos para explorar o assunto.


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Eventos causados pela atividade solar podem deixar marcas nos troncos das árvores (Imagem: Reprodução/NASA/SDO)

De forma resumida, podemos dizer que as teorias do crescimento das árvores consideram que elas absorvem carbono em uma taxa estável. Mas, para a equipe, as árvores usam o radiocarbono de forma diferente: eles descobriram que árvores diferentes absorvem o isótopo de forma variada, e que árvores iguais, mas em lugares diferentes, o absorvem também de forma que varia. 

Ao analisar árvores de diferentes espécies, eles perceberam algo interessante: as árvores que estavam vivam durante tempestades solares intensas ocorridas há milhares de anos teriam registrado os eventos na composição química dos seus anéis. Por outro lado, este registro foi feito de forma que varia de acordo com o tipo de árvore. 

Para os autores, o estudo das formas como as árvores registraram tais eventos, bem como a absorção atual do radiocarbono, vai ajudar os cientistas a entender melhor como se preparar para eventos futuros da atividade solar. “Algumas coisas são um pouco exageradas, mas vimos o que aconteceu durante a pandemia em termos de pânico inicial. Por isso, é muito razoável tentar descobrir qual é o valor máximo de referência disso e, em seguida, comunicar isso à comunidade de TI para que nossas tecnologias possam ser protegidas”, finalizou ela. 

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