O Halloween ainda não chegou, mas parece que um cometa já entrou no clima da festa assustadora e perdeu sua “cabeça”. Chamado C/2024 S1 (ATLAS), o cometa em questão vai realizar sua aproximação máxima do Sol na próxima segunda (28), mas pode acabar desintegrado logo nos próximos dias. 

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Houve alguma expectativa para que este cometa ficasse tão brilhante que talvez pudesse ser visto a olho nu. No entanto, o objeto espacial está em processo de desintegração e dificilmente vai proporcionar uma visão tão espetacular quanto o Tsuchinshan-ATLAS, seu antecessor.

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O que acontece é que o cometa já mostrou sinais de que está se rompendo gradualmente enquanto se aproxima do Sol — e talvez seja por isso que seu brilho vem aumentando tão lentamente. Por isso, é provável que ele acabe desaparecendo conforme fica mais perto do nosso astro. 

O C/2024 S1 (ATLAS) não vai ser o único cometa a encontrar este destino. Ele parece ter vindo de um cometa gigante que se desintegrou em inúmeros pedaços há milhares de anos. Provavelmente, estes fragmentos acabaram destruídos ao longo das suas órbitas ao redor do Sol. 

Cada um destes pedacinhos parece ter realizado voos “rasantes” pelo Sol, ficando a menos de um milhão de quilômetros do nosso astro. O ATLAS é um destes fragmentos, e em breve, vai ficar a apenas 548 mil km da fotosfera (a “superfície”) do Sol. Ali, ele vai encarar temperaturas e forças gravitacionais altíssimas. 

Para sobreviver, ele precisa passar por nosso astro a mais de 1,6 milhão de km/h. Mesmo que alcance esta velocidade, é possível que os danos em sua estrutura sejam tantos que pode não sobrar nada para seguir viagem pelo espaço. Mas não desanime, pois o cometa ATLAS ainda pode render uma visão interessante na manhã de Halloween, ou no início de novembro. 

Qicheng Zhang, astrônomo do Obversatório Lowell, nos Estados Unidos, acredita que o cometa provavelmente já se desintegrou e perdeu praticamente todo seu núcleo primário. Com sorte, ele pode ser visto após sua passagem pelo Sol com uma curta cauda, sem o núcleo, como se estivesse “sem cabeça”.  

Quem quiser tentar encontrá-lo no céu deve procurá-lo na direção leste-sudeste antes do Sol nascer; se estiver visível, o cometa deve se parecer com uma forma clara e difusa, parecida com os rastros deixados por aviões. 

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