A internet é o portal que possibilitou tanto o acesso a todo tipo de conhecimento quanto uma sobrecarga de informações para o cérebro jamais experimentada pela humanidade até então.
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Quando se trata de jovens e saúde mental, a discussão é ainda mais complexa. Por isso, cientistas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos se dedicaram a estudar o assunto, já que a maioria das pesquisas disponíveis sobre o assunto foca apenas na quantidade de horas online.
De acordo com a pesquisa publicada nesta sexta-feira (25) de outubro no periódico científico JAMA Network, as mídias sociais podem amplificar fatores conectados ao suicídio em jovens. Entre os riscos citados no estudo estão:
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- distúrbios do sono,
- angústia,
- depressão,
- desesperança,
- retraimento,
- isolamento social,
- estressores sociais,
- bullying e exposição a comportamento suicida.
No entanto, os autores destacam que além das associações claras entre o uso de mídias sociais e suicídio, também há oportunidades para mitigar o risco com ajuda das redes.
Redes sociais: o problema ou a solução?
A pesquisa aponta que o ambiente online é promissor para a implementação estratégias de redução e prevenção de risco de suicídio. Uma das maneiras sugeridas de aplicar uma intervenção positiva seria por meio do algoritmo, que pode sugerir conteúdo sobre como obter ajuda.
Além disso, os autores descrevem que as redes também oferecem oportunidades de conexão social e inclusão, fatores importantes para os jovens.
“O envolvimento com a mídia social também proporciona aos jovens de construir uma comunidade social online, especialmente para indivíduos ansiosos ou retraídos”, afirmam.
Aumento das taxas de suicídio entre jovens
O suicídio entre jovens está crescendo, segundo dados sobre a incidência de suicídio entre jovens nos EUA coletados por uma das principais pesquisas de vigilância de saúde para jovens do ensino médio do país, a Youth Risk Behavior Survey.
Os números revelam que as taxas de mortalidade por suicídio entre crianças e jovens adultos de 10 a 24 anos aumentaram em 62% de 2007 (6,8 por 100.000 indivíduos) a 2021 (11,0 por 100.000 indivíduos). No entanto, mais estudos sobre o tema são necessários para desenvolver meios de mitigar os riscos e oferecer ajuda.
“Para entender a associação entre mídia social e risco de suicídio mais claramente, precisamos de mais pesquisas sobre potenciais fatores moderadores e atenuantes que estão surgindo”, concluem os autores.
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