Os satélites são essenciais para previsões climáticas e comunicações, mas sua vida útil limitada os transforma em lixo espacial. Isso significa que a cada ano aumenta o risco de detritos que podem causar ferimentos. Já se perguntou quantos deles podem cair em nosso planeta a cada ano? Bem, os especialistas têm uma boa noção, que você confere abaixo.

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Satélites são essenciais para previsões climáticas e comunicações. Desde o lançamento do Sputnik 1 pela União Soviética em 1957, a era dos satélites se expandiu significativamente. Em 2024, cerca de 10.000 satélites ativos estão em órbita terrestre, além de milhares inativos.

Embora possam operar por anos ou até décadas, todos os satélites têm uma vida útil relativamente curta. Quando se tornam obsoletos, esgotam seu combustível ou sofrem falhas, transformam-se em lixo espacial.


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Para mitigar riscos, alguns satélites são movidos para órbitas apelidadas de “cemitério”, enquanto outros são enviados para queimar na atmosfera. Contudo, nem todos os satélites possuem destinos controlados.

Quando reentram na atmosfera, o processo geralmente é tranquilo. O calor e o atrito fazem com que a maioria dos satélites queime e se desintegre antes de atingir o solo. Mas componentes mais duráveis, como tanques de combustível ou motores, podem sobreviver à reentrada e atingir o solo.

Representação do lixo espacial na órbita da Terra (Imagem: Reprodução/ESA)

Para os especialistas, há uma pequena mas crescente chance de que detritos espaciais causem ferimentos. Até agora, nenhuma morte foi confirmada devido a esses incidentes, mas o aumento do número de satélites eleva o risco.

Para reduzir esses perigos, agências espaciais e empresas privadas estão investindo em tecnologias como velas de arrasto, que ajudam na desorbitação controlada, e em sistemas avançados de rastreamento para monitorar reentradas com mais precisão.

De acordo com o Relatório Ambiental Espacial de 2023 da ESA, cerca de 160 objetos grandes reentraram descontroladamente na atmosfera em 2021. Esses eventos são monitorados cuidadosamente por agências espaciais para minimizar riscos à população.

Se o crescimento das constelações de satélites, como a Starlink, se concretizar, estima-se que, em 2035, cerca de 28.000 fragmentos perigosos atinjam a Terra anualmente. Com isso, 0,6 pessoa por ano será ferida ou morta por esses detritos, resultando em uma média de uma pessoa afetada a cada dois anos.

Essas estimativas não visam alarmar a população, mas alertar as autoridades, agências espaciais e empresas privadas sobre os riscos e a necessidade de implementar planos eficazes para gerenciar o problema do lixo espacial.

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