A IA generativa está cada vez mais participativa na vida das pessoas, trazendo um universo tão amplo que pode se tornar perigoso caso caia em mãos erradas. A dúvida sobre a veracidade de conteúdos digitais, como imagens e vídeos, tornou-se cada vez mais comum graças ao surgimento dos temidos deepfakes. Para enfrentar essa questão, empresas de tecnologia estão se mobilizando para fornecer ferramentas que garantam a autenticidade do que vemos e ouvimos na internet.
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Estamos falando de gigantes do mercado como Nikon e Adobe. Tais companhias estão aderindo a um padrão chamado C2PA, que autentica conteúdos digitais por meio de marcas d’água, garantindo sua origem e confiabilidade. Uma das pioneiras nesta tecnologia é a Truepic, uma empresa de San Diego que desenvolveu um sistema de marca d’água à prova de adulteração, ou seja, anti-deepfake.
Em parceria com a fabricante de chips Qualcomm, a Truepic está incorporando sua tecnologia também em celulares Android munidos de chips Snapdragon, permitindo que os usuários comprovem onde e quando uma foto foi tirada.
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Conteúdos falsos não passarão
A ideia, agora, é que fabricantes de celulares com o novo chip Snapdragon 8 Elite possam autenticar não apenas fotos, mas também vídeos e áudios.
“Queremos garantir que a era da IA seja conduzida de forma responsável, ao menos em dispositivos Snapdragon. Quando uma imagem ou vídeo é capturado, será possível saber sua procedência, se é real, se foi modificado e toda a linha do tempo associada”, explica Judd Heape, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Qualcomm, à CNET.
Heape destaca que cerca de 70% dos avanços em IA e aprendizado de máquina têm sido aplicados a imagens, tornando cada vez mais essencial comprovar a veracidade do que consumimos digitalmente.
Truepic, o cão de guarda do conteúdo fake
Ao integrar a tecnologia da Truepic no próprio chip do smartphone, a Qualcomm oferece direto do hardware uma camada extra de proteção, tornando o sistema mais resistente a manipulações. Pelo simples fato de o sistema anti-fraudes estar incorporado ao processador, e não apenas residir em um software, é mais difícil que adulterações passem desapercebidas.
A decisão de adotar essa tecnologia, no entanto, cabe a cada fabricante de smartphones. Ao menos duas marcas, ainda não reveladas por Heape, pretendem integrá-la já em 2025.
A medida ganha força com o apoio de gigantes como a Meta e a OpenAI, além da pressão crescente de reguladores. Heape vislumbra um futuro em que os usuários possam, em poucos anos, navegar em suas redes sociais e identificar rapidamente se uma imagem é real ou não — reduzindo, dessa forma, a disseminação descontrolada de conteúdo falso por aí.
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