Paleontólogos descobriram um novo mamífero que conviveu com os dinossauros — do clado metatério, mais parecido com marsupiais do que conosco — a partir de fósseis encontrados nos Estados Unidos. O bicho teria vivido entre 70 e 75 milhões de anos, durante o Período Cretáceo, e era bem pequeno, com peso estimado em apenas 1 kg.
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Os mamíferos metatérios incluem 330 espécies vivas atualmente, com sete ordens de animais, a maioria vivendo no hemisfério sul. O surgimento do clado, no entanto, parece ter sido no hemisfério norte, no início do Cretáceo. No final do período, eles já haviam se espalhado para a Europa, Ásia e Norte da África, se diversificando e crescendo em número.
Metatérios americanos
A maioria das espécies animais metatérias do final do Cretáceo foram encontradas quase exclusivamente no oeste dos Estados Unidos, sendo principalmente restos de dentes e mandíbulas. O novo animal identificado estava na Formação Williams Fork, no noroeste do estado do Colorado, e foi chamado de Heleocola piceanus. Quando viveu na região, ela era coberta por um grande mar interno.
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Apesar de pesar apenas 1 kg, o H. piceanus era maior do que a maioria dos mamíferos do final do Cretáceo, e, com base em seus dentes, acredita-se que o bicho se alimentava de plantas, com alguns insetos e pequenos animais inclusos. Ele coexistiu com animais como tartarugas, dinossauros com bico de pato e crocodilos gigantes.
A região onde vivia, provavelmente pantanosa como o sudeste americano, era cheia de água, onde também viviam tubarões, arraias e peixes-guitarra. Como os mamíferos da época são raros, os cientistas expressaram satisfação por ter encontrado uma nova espécie, ainda mais diferenciada como é, superando contemporâneos mamíferos mesmo sendo pequenos em comparação aos enormes dinossauros.
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