A Apple abriu sua carteira novamente, e dessa vez a gigante de Cupertino adquiriu 20% da Globalstar. A empresa atua no setor de comunicação via satélite, e é a atual fornecedora do serviço SOS de emergência que está disponível desde o iPhone 14.

A participação de 20% na Globalstar equivale a US$ 400 milhões. No entanto, a Apple irá investir US$ 1,1 bilhão na expansão da capacidade de satélite da companhia. Os detalhes foram revelados em um relatório enviado para a SEC, agência americana responsável pela fiscalização e regulação do mercado financeiro.

De acordo com o documento, a Globalstar deverá fornecer os serviços de conectividade para a Apple em uma nova rede de satélite, incluindo uma nova constelação e expansão da infraestrutura terrestre. A fabricante do iPhone também terá direito de utilização de 85% da capacidade da companhia.

Essa não é a primeira vez que a Apple investe na Globalstar. Em 2022, próximo ao lançamento do iPhone 14, a empresa aportou US$ 450 milhões. Em 2023, a companhia também se comprometeu a financiar uma nova frota de satélites de baixa órbita (LEO), com pagamento de US$ 252 milhões.

Vale lembrar que a Apple concorre com a Starlink quando se fala de comunicação em locais remotos. A companhia do Elon Musk testa o padrão Direct-to-Device (D2D), com sinal 4G emitido pelos satélites. No Brasil, a Anatel liberou a operadora de satélite AST Mobile a efetuar testes com a tecnologia.

Como funciona o iPhone via satélite?

A Apple oferece conectividade via satélite desde o iPhone 14, e o serviço inicialmente era restrito para localização pela rede Buscar ou emergências — ou seja, não era possível navegar na internet, enviar mensagens ou fazer ligações.

Com a chegada do iOS 18, a capacidade de comunicação via satélite foi expandida. Além de permitir serviços de emergência, usuários do iPhone agora podem enviar mensagens via SMS ou iMessage, permitindo a comunicação em locais onde o Wi-Fi ou sinal de celular terrestre não chega.

No lançamento do iPhone 14, a Apple prometeu a conectividade via satélite gratuita pelo período de dois anos. No entanto, a companhia estendeu esse período por mais um ano, com previsão de cobrança nos períodos seguintes. O preço do serviço ainda não foi publicamente revelado.

A conectividade via satélite da Apple ainda não está disponível no Brasil. O serviço foi inicialmente lançado nos Estados Unidos, mas foi posteriormente expandido para Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suíça.

Com informações: The Verge

Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone