A Índia continua o planejamento da sua missão Chandrayaan-4, que tem o objetivo de coletar amostras da Lua para trazê-las à Terra. Segundo S. Somanath, diretor da agência espacial indiana ISRO, a ideia é que a missão seja lançada em 2028, seguida de um lander não tripulado e um rover desenvolvidos em colaboração com o Japão.
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A proposta é uma em meio às iniciativas aprovadas pelo governo indiano para impulsionar a economia espacial do país. A Chandrayaan-4 vai tentar coletar cerca de 3 kg de amostras lunares a partir de uma área rica em água congelada, próxima do polo sul do nosso satélite natural. Se tudo correr bem, o material vai ser trazido à Terra.
A arquitetura da missão conta com cinco módulos de espaçonaves que, para serem lançadas, vão exigir o foguete mais poderoso da ISRO. O primeiro lançamento vai levar um lander e um veículo de ascensão coletor das amostras, enquanto o segundo vai contar com um módulo de transferência e um de reentrada, que vai permanecer estacionado na órbita lunar.
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O objetivo é que o veículo de ascensão com as amostras seja lançado a partir da superfície lunar, transferindo a carga para o módulo de reentrada. Este, por sua vez, vai seguir à Terra para pousar por aqui. Para treinar a acoplagem em órbita — que é uma das partes mais desafiadoras da missão —, a ISRO vai lançar o experimento SPADEX neste ano ou em 2025.
O local de pouso da missão ainda não foi definido, mas talvez seja próximo do Ponto Shiv Shakti, perto do polo sul do nosso satélite natural — é ali que está a Chandrayaan-3. outra missão indiana. A região é de grande interesse científico, pois parece abrigar grandes quantidades de água congelada, que pode servir tanto para o consumo de astronautas quanto para a produção de propelente.
Após a Chandrayaan-4, é a vez da Chandraayan-5, missão conjunta da Índia e Japão. “É claro que os americanos e os russos já fizeram isso há muito tempo, mas fazer isso hoje ainda é um grande desafio – e é muito caro”, observou Somanath. “Estamos estudando como podemos fazer uma missão à Lua e voltar de uma forma de baixo custo.”
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