A Telefônica Brasil divulgou os resultados financeiros do 3º trimestre de 2024, e a dona da Vivo registrou lucro líquido de R$ 1,66 bilhão, alta com alta de 13,3% em comparação com o ano anterior. Dentre os destaques, a tele comemora o bom desempenho do móvel e da fibra, com crescimento de clientes nos combos Vivo Total.

Durante o trimestre, a Vivo registrou receita total de R$ 14,03 bilhões, alta de 7,1% em comparação com o ano anterior. A base de clientes atingiu a marca de 115,2 milhões de acessos, com crescimento anual de 3,3%. Os investimentos somaram R$ 4,49 bilhões, queda de 5%.

Faturamento com móvel cresceu 8,8% no trimestre

O serviço móvel é o carro-chefe da Vivo, e foi responsável por R$ 9,21 bilhões do faturamento do 3º trimestre de 2024 — crescimento de 8,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O segmento pós-pago (que também inclui acessos com plano controle) trouxe R$ 7,73 bilhões em receita, alta de 10,4%. Já o pré-pago se manteve praticamente estável com faturamento de R$ 1,47 bilhão (+1,4%).

De acordo com a Vivo, o forte desempenho do pós-pago está relacionado ao aumento na base de clientes, impulsionado tanto por migrações do pré-pago, novos clientes e reajustes anuais de preços.

O ARPU (receita média por usuário) da Vivo Móvel foi de R$ 30,3 mensais, alta de 4,9%. A média de gastos do usuário com pós-pago e controle foi de R$ 53, enquanto o pré-pago atingiu R$ 13,4.

A Vivo soma 101,5 milhões de acessos móveis, dos quais 65 milhões se enquadram na categoria pós-paga e 36,4 milhões utilizam a modalidade pré-paga. A tele é líder no mercado de brasileiro telefonia celular, com 38,7% de participação.

Clientes da Vivo Fibra aumentam em 6% e operadora expande cobertura

Os negócios fixos da Vivo trouxeram R$ 3,97 bilhões em receita líquida, alta de 3,6%. O serviço de banda larga por fibra (FTTH) é o mais importante no balanço e faturou R$ 1,79 bilhão, com crescimento de 14% no comparativo anual.

A Vivo encerrou o trimestre com cobertura de fibra em 28,3 milhões de domicílios em 444 municípios, alta de 13% em comparação com o ano anterior. No ano, a operadora expandiu a rede para 3,2 milhões de casas e chegou a cinco novas cidades.

Falando em clientes, a Vivo Fibra atingiu 6,73 milhões de contratos, com crescimento de 12,5% no ano. Em média, os assinantes da banda larga fixa gastam R$ 89,9 por mês, alta de 1,2% no ano.

Além da fibra óptica, a Vivo também tem cerca de 7 milhões de clientes de outras modalidades que não são tão atrativas, como voz fixa, TV por assinatura e internet via par metálico (xDSL). A tele perdeu clientes em todos esses segmentos e viu a base cair em 12,5%.

Vivo Total é a aposta da operadora para crescimento

Uma das principais apostas da operadora é o Vivo Total, que reúne o serviço de internet por fibra e um plano móvel pós-pago. A tele divulgou que a base de clientes do combo atingiu a marca de 2,1 milhões de contratos, com alta de 92,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O Vivo Total tem um bom desempenho em vendas: de acordo com a operadora, 83% da comercialização de fibra óptica nas lojas físicas são realizadas dentro do plano convergente.

A operadora ainda vê espaço para crescimento da base do Vivo Total: 41,5% dos clientes convergentes (ou seja, que assinam fibra e celular da Vivo no mesmo CPF) ainda não utilizam o combo.

Um dos motivos para a aposta da operadora no Vivo Total é o taxa de cancelamentos menor do que em produtos separados. Segundo a tele, o churn do combo é 1 ponto percentual menor que a assinatura avulsa da internet via fibra óptica.

Algumas ofertas do Vivo Total são atrativas, em especial o plano de entrada. A operadora comercializa atualmente um combo de internet via fibra de 500 Mb/s e móvel pós-pago com 50 GB por R$ 150 mensais. Outros planos mais caros estão disponíveis, com maiores velocidades na banda larga e mais linhas móveis, se tornando uma opção adequada para famílias.

Vivo lucra R$ 1,66 bi e aposta em crescimento no combo com móvel e fibra