A primeira versão do Mozilla Firefox foi lançada há exatos 20 anos, em 9 de novembro de 2024, e mudou a forma de acessar a web nos computadores. O navegador ameaçou o domínio do Internet Explorer na década de 2000 e introduziu muitas funções populares usadas até hoje nos aplicativos do segmento.
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Apesar de perder fôlego na disputa com o Google Chrome, o Firefox ainda mantém uma comunidade engajada de usuários e se consolida como uma alternativa para quem procura um navegador de código aberto fora do padrão Chromium. O recapitulou a história do app, passando pelos altos e baixos até chegar na situação atual.
Início do Firefox
O Firefox foi criado pela Mozilla, uma organização de desenvolvedores da Netscape voltada a criar aplicativos de código aberto. Por isso, o app é considerado um “sucessor espiritual” do Netscape Navigator, plataforma com popularidade e variedade de recursos, mas que perdeu a batalha de popularidade contra o Internet Explorer e a sua pré-instalação em computadores Windows.
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A Mozilla possuía uma suíte de apps com navegador, e-mail e outras opções embutidas, mas a comunidade reclamava do excesso de ferramentas disponíveis, o que levou os desenvolvedores a criarem um navegador único. O projeto chegou a ser chamado de Phoenix e Firebird, mas os nomes foram descartados para evitar problemas com direitos autorais — então, surgiu o Firefox.
A primeira versão, de novembro de 2004, tinha recursos diferentes do Internet Explorer, como a divisão por abas e um bloqueador dos irritantes pop-ups. As funções não eram necessariamente inéditas no mercado, mas foram popularizadas pelo aplicativo.
Popularidade em alta
Com o passar dos anos, o Firefox ganhou uma legião de novos usuários e se consolidou como a principal alternativa ao Internet Explorer, principalmente com a avalanche de problemas de segurança e performance do IE 6.
Mesmo com algumas reclamações de alto consumo de memória RAM, o navegador da Mozilla chamava a atenção com novos recursos e mais ajustes de privacidade, enquanto o único trunfo a favor do concorrente da Microsoft era a instalação nativa no Windows. O lançamento de uma versão para macOS também atraiu alguns usuários do Safari nos computadores da Apple.
O sucesso de público foi registrado no lançamento do Firefox 3.0, em 2008, com mais de 8 milhões de downloads únicos no primeiro dia. O sucessor, Firefox 3.5, ultrapassou o Internet Explorer 7 e se tornou a versão de navegador mais usada no mundo entre o final de 2009 e o começo de 2010, de acordo com dados do site StatCounter.
Queda para o Chrome
O lançamento do Google Chrome mudou a história dos navegadores e foi um duro golpe para a popularidade do Firefox. Repleto de recursos avançados, o app viu o Google se destacar com uma experiência mais simples e leve para alguns computadores, além de competir com a fama do buscador mais usado no planeta.
Segundo o StatCounter, o Chrome ultrapassou o Firefox em dezembro de 2011, o Internet Explorer em junho de 2012 e nunca mais olhou para trás — desde então, é o navegador mais usado em todo mundo para computadores, celulares e tablets.
Em 2017, o navegador mudou a estrutura interna e lançou o Firefox Quantum com interface remodelada e melhorias de performance. A cartada da Mozilla deixou o navegador mais parecido com o Chrome e tentou pegar um pouco da popularidade do rival, mas não foi suficiente para acirrar a disputa.
Cenário atual
No aniversário de 20 anos, o Firefox ocupa o posto de 4º navegador mais usado em todo o mundo, com uma fatia de mercado de 2.65% (no Brasil, o número cai para 1.78%). O app se tornou uma opção mais nichada, comum entre usuários de longa data, mas perdeu tração no decorrer dos anos.
O lançamento do Microsoft Edge, pré-instalado no Windows, também foi um golpe na popularidade do navegador da Mozilla, mas o software ainda é relembrado pela sua importância no mercado nas últimas décadas. O Firefox é uma grande referência em privacidade e segurança, principalmente por sua natureza de código aberto.
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