Parece que a NASA e a Rússia ainda não chegaram a um acordo sobre a origem e a seriedade do vazamento de ar no segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS). Enquanto o debate continua, a NASA teme que o incidente leve ao que chamou de “falha catastrófica” de parte do módulo do país.
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A falta do consenso foi revelada em uma reunião do Comitê Consultivo da ISS, da NASA, na quarta (13). O evento contou também com o comitê parceiro da Roscosmos, a agência espacial russa, para discutir questões relacionadas à ISS — e a principal delas era o vazamento pequeno, mas persistente, no módulo de serviços PrK, identificado há alguns anos.
Para as operações da estação, os astronautas adotam algumas medidas: quando não precisam acessar naves cargueiras Progress, eles isolam o PrK do restante da estação. “Embora as equipes continuem a investigar os fatores causais para o início e o crescimento das rachaduras, as equipes técnicas dos EUA e da Rússia não têm entendimento comum sobre a provável causa raiz ou a gravidade das consequências desses vazamentos”, observou Bob Cabana, ex-astronauta e administrador associado da NASA que agora é presidente do comitê.
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Segundo ele, os engenheiros da Rússia suspeitam que as rachaduras são resultado da chamada alta fadiga cíclica causada por microvibrações. A NASA, por sua vez, considera outros fatores, como pressão e estresse mecânico e residual, as propriedades do módulo e exposições ambientais.
Ele observou também que não houve consenso entre os norte-americanos e russos quando o assunto é a gravidade do incidente. “Embora a equipe russa continue a procurar e vedar os vazamentos, ela não acredita que a desintegração catastrófica do PrK seja realista”, disse ele. Enquanto isso, a NASA se mostra preocupada com a integridade do módulo e com a possibilidade de uma falha catastrófica acontecer.
“Os russos acreditam que as operações contínuas são seguras, mas não podem provar para nossa satisfação que são, e os EUA acreditam que não são seguras, mas não podemos provar para a satisfação dos russos que esse é o caso”, concluiu. Por fim, ambos os comitês recomendaram que os líderes das suas respectivas agências continuem tentando um entendimento comum da integridade estrutural do módulo, e que tragam especialistas da academia e da indústria para apoiar suas colocações.
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