Três pessoas tiveram a visão restaurada após receberam um transplante de células-tronco. A pesquisa, feita por cientistas japoneses do departamento de oftalmologia da Osaka University, foi publicada neste mês na revista científica The Lancet.
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As melhorias apresentadas após o procedimento persistiram por mais de um ano. Uma quarta pessoa com visão gravemente prejudicada também passou pelo transplante e obteve melhorias na visão, mas o efeito não durou.
O grupo é o primeiro a receber transplantes feitos de células-tronco reprogramadas para o tratamento de córnea, a superfície externa transparente do olho. Dois anos após receber o procedimento, nenhum deles apresentou efeitos colaterais graves.
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Os enxertos não formaram tumores, que é um risco conhecido, e não mostraram sinais de rejeição, mesmo em dois pacientes que não receberam medicamentos imunossupressores. Apesar do sucesso, mais transplantes são necessários para ter certeza da segurança da intervenção
Reprogramação celular
A camada mais externa da córnea é mantida por um reservatório de células-tronco alojadas no anel limbar, o anel escuro ao redor da íris. Quando essa fonte essencial de rejuvenescimento se esgota, uma condição conhecida como deficiência de células-tronco limbares (LSCD), o tecido de cicatrização reveste a córnea, levando à cegueira.
Geralmente, isso acontece como consequência de um trauma no olho do desenvolvimento de doenças autoimunes ou genéticas.
Os tratamentos para LSCD são limitados. Eles normalmente envolvem o transplante de células da córnea derivadas de células-tronco obtidas do olho saudável de uma pessoa, o que é um procedimento invasivo com resultados incertos. Quando ambos os olhos são afetados, transplantes de córnea de doadores falecidos é uma opção, mas às vezes são rejeitados pelo sistema imunológico do receptor.
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