Tente pensar em um fio fino, tão fino que é invisível ao olho humano, mas cuja massa é igual à de milhares de estrelas. Isso, apesar de muito estranho, não é mera ficção — mas o que isso tem a ver com viagens no tempo? Tudo, segundo físicos teóricos.
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As cordas cósmicas fazem parte de teorias sobre a composição do universo e parte de seu funcionamento. Caso existam, essas tais cordas seriam incrivelmente finas, provavelmente longos tubos que se estendem infinitamente, ou voltam a se enrolar em si mesmos, uma “ouroboros” do universo. Essas cordas se encurtariam ao longo do tempo, irradiando ondas gravitacionais enquanto “balançam”.
Cordas cósmicas e as viagens no tempo
Há, basicamente, duas correntes de pensamento envolvendo cordas cósmicas até o momento. A primeira trata de supercordas cósmicas, que vem da mais antiga teoria das cordas, sugerindo um universo feito de partículas fundamentais formadas por cordas vibrantes. Haveria, então, supercordas esticadas por todo o cosmo.
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A segunda teoria fala sobre a existência de cordas cósmicas como espécies de relíquias da formação do universo — seriam “cicatrizes” primordiais, algo deixado para trás em uma fase de transição cósmica, de quando o universo se expandiu. Isso formaria algo como as rachaduras que surgem quando a água se congela, em um cubo de gelo.
A partir daí, teóricos como o físico J. Richard Gott calculam algumas coisas bem interessantes: ele diz que, se duas cordas cósmicas estivessem se movendo próximas à velocidade da luz, isso geraria uma espécie de “buraco de minhoca”, que pode ser a chave para as viagens no tempo.
Isso quer dizer que as ondas gravitacionais das cordas “dobrariam” o espaço-tempo, nos permitindo ir de um momento a outro da história, como se o cubo de gelo se dobrasse e partes diferentes dos raios de seu centro se encontrassem.
O problema é que encontrar cordas cósmicas para comprovar a teoria não é fácil. Elas continuam bastante teóricas, com poucas evidências, mas seriam densas demais — o suficiente para gerar dobras no espaço-tempo. Esse efeito de “lente” poderia gerar imagens duplicadas de algumas galáxias, algo que pesquisadores buscam.
Descobertas recentes, no entanto, indicam que tais cordas podem ser mais leves do que se pensava — isso poderia dificultar seu encontro, em larga escala, mas também gerou outra hipótese pelos astrofísicos.
Segundo eles, observar “microlentes” em estrelas individuais poderia ser a chave para encontrar as cordas. Uma corda passageira poderia duplicar o brilho de uma estrela temporariamente, nos dando, definitivamente, a chave para viajar no tempo livres de paradoxos.
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