O rover Curiosity, da NASA, capturou um panorama em 360º de Gediz Vallis, um antigo canal em Marte. O robô vem explorando o Planeta vermelho há mais de uma década, e escala o chamado monte Sharp desde 2014. Esta formação é atravessada pelo canal, que pode ter sido o leito de um rio extinto. 

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Na verdade, foi no início do ano que o Curiosity atravessou Gediz Vallis, mas o panorama foi publicado só na terça (19). A espera valeu a pena: as imagens em 360º foram disponibilizadas no YouTube e podem ser exploradas tanto no computador, com o mouse, quanto com o movimento do seu celular.

Em meio às imagens, estão indicações das estruturas que cercam Gediz Vallis, como Kukenán Butte, Pinnacle Ridge e Texoli Butte. Ao fundo, é possível ver também a borda da cratera Gale, o lar do rover desde seu pouso ali em 2012. 


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Não se sabe exatamente como esse canal se formou, mas os cientistas têm algumas suspeitas. É possível que ele tenha sido esculpido por fortes ventos, por fluxos de água ou até por deslizamentos de terra de altas elevações de Gediz Vallis. 

Este último cenário pode explicar as rochas intrigantes que o Curiosity já encontrou, incluindo algumas de enxofre. Uma destas rochas tinha cor branca, e ao esmagá-la, o rover identificou cristais amarelados que indicam a presença de enxofre. Na Terra, o elemento vem de águas termais e vulcões, mas nenhuma formação do tipo foi encontrada na região de Marte.

Panorama capturado pelo Curiosity enquanto se afastava de Gediz Vallis (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/MSSS)

“Observamos o campo de enxofre de todos os ângulos —  de cima e de lado — e procuramos por qualquer coisa misturada com o enxofre que pudesse nos dar pistas de como ele se formou”, disse Ashwin Vasavada, cientista do projeto do Curiosity. “Reunimos uma tonelada de dados e agora temos um quebra-cabeças divertido para resolver”.

Enquanto os pesquisadores investigam o mistério do enxofre, o Curiosity segue viagem rumo a uma nova estrutura rochosa no Monte Sharp. A formação foi identificada em 2012 pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, e parece ter sido formada pelo acúmulo de minerais transportados pela água. 

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