Mais um motivo para ficar longe dos ultraprocessados: além de causar doenças, esses alimentos fazem idade metabólica avançar. É essa a descoberta de um novo estudo do IRCCS Neuromed, da Itália. Para chegar à conclusão, os cientistas analisaram 36 biomarcadores sanguíneos.
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No estudo, o consumo de alimentos ultraprocessados — como refrigerantes, carnes processadas e salgadinhos — foi medido por meio de um questionário envolvendo 188 itens, cada um categorizado com base no grau de processamento (ou seja: das frutas até o pacote de salgadinho).
Com base nessa análise, os pesquisadores notaram que um nível maior de ingestão de ultraprocessados tem relação com um envelhecimento biológico acelerado, em comparação com a menor ingestão.
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Alimentos ultraprocessados e idade metabólica
Os autores do estudo comentam que essa associação teve uma tendência a ser mais forte em homens do que em mulheres.
“O envelhecimento biológico pode ser adversamente influenciado por características não nutritivas desses alimentos”, diz o artigo científico, publicado na The American Journal of Clinical Nutrition.
“Uma maior participação alimentar de ultraprocessados foi associada ao declínio cognitivo entre adultos brasileiros. Comer mais ultraprocessados supostamente leva a um risco aumentado de fragilidade, outro índice de envelhecimento”, complementa o material.
Na ocasião, o nível de ingestão dessses alimentos foi determinado pelo peso, usando a proporção de ultraprocessados para o peso total de alimentos e bebidas. Além disso, os participantes foram categorizados em grupos específicos de acordo com a proporção de processados em sua ingestão total de alimentos.
Os malefícios dos ultraprocessados
Poderíamos passar horas listando os malefícios desses alimentos. Como fazem parte da rotina de muitas pessoas, não faltam estudos para mensurar os estragos que esse estilo de alimentação causa para a saúde:
Para começar, os alimentos ultraprocessados ”enganam” o organismo para você comer mais. Pensa no seguinte: você já teve em mãos um saco de salgadinho e não conseguiu parar de comer até ver o saco completamente vazio? Isso acontece porque nós comemos antes que os hormônios intestinais tenham tempo de nos dizer que estamos satisfeitos.
Um estudo já mostrou que comer 10% mais ultraprocessados está associado a um risco 23% maior de câncer de cabeça e pescoço e 24% maior de adenocarcinoma esofágico (câncer de esôfago).
Mas os malefícios não param na saúde física: os alimentos ultraprocessados contribuem para o declínio cognitivo.
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