A NASA já começou a testar robôs que, apesar de serem pequenos, podem ser grandes aliados na busca por formas de vida em Europa, uma das luas de Júpiter. Chamados SWIM (sigla de “Sensing With Independent Microswimmers”), os dispositivos já mostraram que têm potencial: durante testes, eles nadaram na rota desejada, executaram movimentos comandados pelos cientistas e até conseguiram “desenhar” as letras JPL, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial.
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O robô usado nos testes media 42 cm, mas os cientistas querem reduzi-lo, deixando-o com apenas 12 cm de comprimento — tamanho menor que o de um celular. Para garantir que poderiam resgatar o robô se fosse necessário, eles o deixaram preso a uma linha de pesca, segura por um engenheiro que participou dos testes.
Os testes com os SWIM foram conduzidos em uma piscina do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Eles têm hélices e foram produzidos por impressão 3D e, para a agência espacial, podem ter papel essencial na detecção de sinais químicos e térmicos que talvez indiquem formas de vida em Europa. A lua não foi escolhida por acaso: os cientistas suspeitam que sua crosta congelada esconde um oceano de água salgada.
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“As pessoas podem perguntar: ‘por que a NASA está desenvolvendo um robô submarino para exploração espacial?’”, comentou Ethan Schaler, o investigador principal do projeto no JPL. “É porque há lugares no Sistema Solar onde queremos procurar vida, e achamos que a vida precisa de água”. E é aqui que entram os robôs: eles podem explorar estes ambientes a milhões de quilômetros da Terra de forma autônoma.
No entanto, ele ressaltou que não é fácil desenvolver robôs do tipo, e que este é apenas o primeiro de vários projetos que vão desenvolver até que um dia possam usá-los para explorar Europa. “Mas é uma prova de que podemos construir esses robôs com as capacidades necessárias e começar a entender quais desafios eles iriam encontrar em uma missão na subsuperfície [de Europa]”, finalizou.
Ainda deve levar anos até que robôs do tipo possam explorar o oceano de Europa, mas isso não significa que nenhuma missão vai ser enviada para lá. Na verdade, a NASA lançou em outubro sua missão Europa Clipper, que segue em uma jornada de quatro anos com destino a este mundo distante e gelado.
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