A Samsung viu uma grande parte de sua fatia de mercado global de celulares dobráveis ser ocupada por outras marcas ao longo do último ano. Os dados foram divulgados na última terça-feira (26) pela agência Counterpoint Research, que também apontou um declínio no segmento como um todo.
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De acordo com o levantamento, a redução da Samsung foi de 14 pontos percentuais entre os terceiros trimestres de 2023 e 2024. Ambos os períodos representam o momento exato de lançamento dos dobráveis da empresa, em suas respectivas gerações.
Com isso, a Samsung passou de 70% para 56% do mercado de dobráveis, com performances consideradas “modestas” de vendas do Galaxy Z Fold 6. Já o Z Flip 6, variante mais compacta, teve ainda mais dificuldades para repetir o desempenho da geração anterior.
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Segundo analistas da Counterpoint, o declínio da Samsung também pode ser explicado pelo aumento da demanda por dobráveis na China, onde a empresa tem menor participação e apenas 8% da porção de mercado.
Essa característica é reafirmada pelo crescimento da Huawei, que passou de 13% para 15% do mercado global de celulares dobráveis.
Entre os lançamentos mais importantes da companhia chinesa estão o Huawei Mate X5 e o compacto Pocket 2, opções consideradas populares por lá. Já o acessível Nova Flip e o dobrável triplo Mate XT são considerados como opções mais experimentais, com volumes menores de vendas.
Já a Xiaomi teve a maior taxa de crescimento no segmento, em uma proporção de 185%. Essa evolução ocorre por conta do lançamento de seu primeiro modelo com formato flip pequeno, o Mix Flip, inclusive em escala global.
A Motorola, única marca que vende dobráveis no Brasil além da Samsung, foi a segunda que mais cresceu, com 164% de variação positiva. A companhia se diferencia por oferecer o Razr 50 como uma opção de dobrável intermediário, além do Razr 50 Ultra topo de linha.
Mercado de celulares dobráveis teve leve queda
O tamanho do mercado de celulares dobráveis se manteve praticamente estagnado, com uma leve queda de 1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Trata-se do primeiro declínio entre julho e setembro desde que o segmento foi inaugurado, em 2019.
De acordo com Jene Park, analista sênior da Counterpoint, a categoria ainda encontra algumas dificuldades em um momento de transição:
“O mercado de dobráveis parece ter entrado em uma fase de transição, em que enfrenta desafios enquanto passa de um segmento de nicho para a popularidade geral. A satisfação de usuário é geralmente grande com os modelos em estilo de livro [formato fold, como o Galaxy Z Fold 6], mas os preços proibitivamente altos ainda representam a maior dificuldade para a adoção em massa.”
Para o futuro, Park analisa que essa fase poderá ser superada se as empresas levarem a questão do preço em consideração de forma mais séria. Tornar os smartphones mais confiáveis e engajadores para a percepção do consumidor também é essencial, segundo ele.
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