Estreia na próxima quinta-feira (2), nos cinemas de todo o Brasil, o filme de terror gótico Nosferatu. Título escrito e dirigido por Robert Eggers, o longa é um remake do clássico de mesmo nome lançado em 1922; obra que, por sua vez, é baseada (de maneira não oficial) no romance Drácula (1987) de Bram Stoker.
Ambientado na Alemanha de 1838, o filme segue os passos de Thomas Hutter (Nicholas Hoult), um corretor de imóveis enviado para as montanhas da Transilvânia para fechar negócios com o conde Orlok (Bill Skarsgård), um nobre doente que deseja comprar uma nova casa.
Enquanto Hutter lida com uma viagem difícil, repleta de sinistros presságios, Ellen Hutter (Lily-Rose Depp), esposa do agente imobiliário, permanece na cidade natal do casal, acolhida por uma amiga grávida e sua família. Uma estadia que embora pareça bem mais tranquila do que a do marido é atormentada por sonhos assustadores, que conectam a mulher com o suposto homem que Thomas irá encontrar.
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A reimaginação de um clássico
Produzido por Chris Columbus (Harry Potter e a Pedra Filosofal) e sua filha, Eleanor Columbus, o filme vem gerando muita expectativa entre os fãs de terror, afinal, Nosferatu é uma reimaginação de uma das obras mais clássicas do gênero, responsável por influenciar centenas de outros filmes que vieram depois dele
Considerado por muitos um dos precursores do terror gótico, o longa de 1922 é uma das obras máximas do expressionismo alemão no cinema (movimento caracterizado pela distorção de cenários e personagens) e o “pai” dos filmes de vampiro – ao menos na versão moderna como os conhecemos em que as criaturas noturnas são mortos-vivos sugadores de sangue.
Uma combinação de fatores muito única, que mostrou ao cinema uma nova maneira de brincar com luz e sombra, utilizar imagens oníricas para contar uma história e causar medo no público de uma maneira que até mesmo os filmes de terror de hoje em dia não conseguem reproduzir.
O olhar único de Robert Eggers
A atemporalidade de Nosferatu, no entanto, é apenas um dos motivos para tanta expectativa vir sendo depositada no novo longa. Afinal, se a versão de 2024 fosse apenas uma cópia da de 1922, seria mais sábio assistir ao projeto original, correto?
Na verdade, o que têm gerado muita curiosidade em relação ao filme mais recente é a forma como Robert Eggers pretende combinar seu olhar soturno e atmosférico (responsável por títulos aclamados como A Bruxa e O Farol) a todos os elementos icônicos da história.
Um longa-metragem que, vale lembrar, é um título mudo em preto e branco, lançado há mais de cem anos; uma obra quase totalmente destruída, feita em um contexto, época e momento muito diferentes daquela em que hoje o cinema se encontra.
Para isso, Eggers (fã assumido da obra original de Friedrich Wilhelm Murnau), já contou que um dos elementos com que mais se preocupou foi exatamente o de não cair no lugar comum das histórias de vampiros, assumindo o risco de quebrar “regras” e tropos que já achávamos estabelecidos.
Além disso, o diretor parece não ter tido medo de fazer mudanças no cânone da obra – como trazer para a personagem de Ellen Hutter um protagonismo muito mais ativo do que no roteiro original – e nem de tratar o público como adulto, empregando uma linguagem característica da época em que a história se passa.
Para quem ficou curioso e quer ver como o cineasta trouxe esses e outros novos elementos para a clássica história de terror – um roteiro que, diga-se de passagem, Eggers vem escrevendo há dez anos – Nosferatu chega aos cinemas braisleiros em 2 de janeiro de 2025.
Nos Estados Unidos, o filme estreou na última quarta-feira (25), dia de Natal, conquistando até o momento uma aprovação de 87% da crítica especializada no Rotten Tomatoes.
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