Não vou perguntar se você já passou por essa situação porque tenho certeza que aconteceu: estar diante de vários conteúdos em uma plataforma de streaming e ficar rodando todo o repertório sem se comprometer por algum em especial. Os usuários da Netflix costumam sofrer mais com isso, e pesquisadores até deram uma nome para isso, porque se tornou um distúrbio: “Paralisia da Escolha”. O Google sabe que esse mal moderno também afeta o YouTube e agora testa um botão de reprodução aleatória para amenizá-lo.

No YouTube, esse problema é menos grave porque sua oferta de streaming possui a mais variada coleção de vídeos entre todas as opções do mercado, devido à criação constante de conteúdo pelos usuários. Só que ter um repertório tão vasto pode ter um efeito opressor e causar a mesma “Paralisia da Escolha” que um cardápio mais limitado. 

Ainda que não apresente publicamente os números e análises sobre esse comportamento, algo provavelmente acendeu o alerta no Google para combater essa anomalia digital. E a solução é bem simples: o famoso “random”, ou reprodução aleatória, com um botão que seja intuitivo e amigável, com o mínimo de atrito possível na troca de um vídeo para o outro — sabemos bem como o YouTube pode azucrinar quando quer forçar assinaturas, sugestões, lembretes e play automático.


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De acordo com o 9to5Google, o YouTube foi flagrado testando um botão de ação flutuante (FAB, na sigla em inglês) “Reproduzir algo”, que, ainda na versão de testes, fica perto da parte inferior da tela, e tocar nele inicia um player do Shorts e imediatamente começa a exibir conteúdo. Seria também possível obter vídeos de duração e proporção de tela normais com o mesmo painel.

Na verdade, essa ideia não é nova, já que em maio de 2023 um usuário do Reddit chegou a flagrar o “Reproduzir algo” em um banner, que também foi identificado em novembro do mesmo ano pelos pesquisadores do Android Police.

Ao que parece, o Google deve estar testando o botão e seu painel, assim como o comportamento do algoritmo, durante mais de um ano, então é bem possível que o YouTube esteja perto de uma versão final que possa ser distribuída pelo menos para testes públicos em alguns nichos e regiões. Mas, por enquanto, nada está confirmado.

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