A NASA anunciou na terça (7) que está considerando duas formas de trazer amostras de Marte à Terra, mas só vai escolher uma delas no segundo semestre de 2026. O rover Perseverance coletou cerca de 30 tubos de material nos últimos meses, que podem ajudar os cientistas a entenderem mais sobre o passado do Planeta Vermelho e a possibilidade de alguma forma de vida ter existido lá.
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Originalmente, a NASA planejava trazer o material para a Terra por meio da Mars Sample Return (MSR), uma campanha conduzida em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA). O problema é que o projeto se mostrou mais caro que o previsto inicialmente, e mesmo com o aumento de custos, as amostras provavelmente chegariam em nosso planeta só em meados de 2040.
E, para a NASA, a demora é inaceitável.
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Por isso, Bill Nelson, administrador da agência espacial, anunciou em 2024 que a NASA estava em busca de ideias de centros de pesquisa, da indústria e da academia para trazer o material ao nosso planeta. De fato, 11 propostas foram oferecidas e oito receberam apoio financeiro para o desenvolvimento continuar.
No anúncio, a agência espacial explicou que está direcionando os esforços a duas arquiteturas da MSR. A primeira delas inclui um foguete com “guindaste”, sistema parecido com aquele que levou os rovers Curiosity e Perseverance à superfície marciana, com custo de até US$ 7,7 bilhões. A outra alternativa é um sistema de pouso desenvolvido pela indústria privada, que talvez cutasse até U$ 7,1 bilhões.
Segundo Nelson, a vantagem é que ambas as opções oferecem versões de menor custo e mais rápidas da proposta original — e ainda trariam as amostras à Terra até 2035. Mas, para isso, o Congresso norte-americano precisa de recursos financeiros. Além disso, os dois planos iriam levar o Mars Ascent Vehicle (MAV), um pequeno foguete, à superfície marciana.
Independentemente da opção escolhida pela agência espacial, é importante lembrar que talvez o material obtido pelo Perseverance não seja o primeiro chegar à Terra. É que a China planeja lançar sua própria campanha de coleta de amostras em 2028 — e, se tudo correr bem, o material poderia chegar ao nosso planeta em 2031, no máximo.
A missão chinesa iria coletar material de um só lugar em Marte, enquanto o rover Perseverance obteve amostras de ambientes diversos; muitos deles estiveram expostos à água líquida no passado. Para Nelson, a arquitetura da missão sugerida pela China não oferece uma visão ampla para a comunidade científica. “Vão dizer que há uma corrida? Bom, claro, as pessoas vão dizer isso. Mas são duas missões completamente diferentes”, finalizou.
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