O mais recente relatório da consultoria IDC mostra que Apple e Samsung venderam menos smartphones no quarto trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Com isso, o chamado market share (participação de mercado) de ambas diminuiu.
As quedas de Apple e Samsung contrastam com o crescimento do mercado de smartphones. No quarto trimestre de 2024, todas as fabricantes despacharam, no total, 331,7 milhões de unidades. No quarto trimestre de 2023, foram 324 milhões de unidades. Um aumento de 2,4%, portanto.
Empresa | 4º tri/2023 | 4º tri/2024 | Variação |
---|---|---|---|
Apple | 80,2 | 76,9 | -4,1% |
Samsung | 53,1 | 51,7 | -2,7% |
Xiaomi | 40,7 | 42,7 | 4,8% |
Transsion | 28,2 | 27,2 | -3,4% |
Vivo | 24,0 | 27,1 | 12,7% |
Outras | 97,7 | 106,1 | 8,6% |
Total | 324,0 | 331,7 | 2,4% |
Apple e Samsung continuam sendo líder e vice-líder do mercado, respectivamente, mas com fatias menores do que no último trimestre de 2023.
- A Apple passou de 24,7% para 23,2%
- A Samsung passou de 16,4% para 15,6%
Os dados anuais, que também foram divulgados pela IDC, reforçam esta leitura: Apple e Samsung venderam menos e perderam terreno, mesmo em um período em que o mercado de smartphones cresceu.
Xiaomi, Huawei e mais chinesas crescem
Se o mercado está aquecido, mas Apple e Samsung estão em queda, quem está aproveitando? Segundo a IDC, são as marcas chinesas.
Francisco Jeronimo, vice-presidente da consultoria, observou que, somadas, elas atingiram um recorde em volume de unidades enviadas, com 56% dos smartphones vendidos globalmente no quarto trimestre de 2024.
Jeronimo diz que as empresas chinesas continuam tendo o mercado asiático como o mais importante, mas estão se expandindo pela Europa e pela África. Este crescimento se dá por meio de smartphones de entrada e intermediários.
Dois exemplos disso são a Xiaomi e a Transsion. A Xiaomi teve um crescimento de 15,4% de 2023 para 2024, enquanto a Transsion (responsável por marcas como Infinix e Tecno) aumentou seu volume de vendas em 12,7%.
Uma exceção a esta tendência é a Huawei. Ela se destaca nos segmentos de topo e premium, mas está restrita à China. Nos últimos anos, ela conseguiu superar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e desenvolver chips e software para concorrer com o iPhone e os smartphones Android.
Com informações: IDC, Reuters
Apple e Samsung perdem espaço no mercado de celulares
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