Imagens de personagens de animes e mangás estão espalhadas por todas as redes sociais, com grande parte delas sendo criada através da inteligência artificial. Ainda que tenham ambos os gêneros, é notável que a quantidade de fotos e artes produzidas das “waifus” (garotas 2D pelas quais homens gostariam de se relacionar) são a maioria nesse meio.
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Este tipo de conteúdo, além de ferir os direitos autorais, também mancha a imagem destas personagens – já que muitas dessas artes colocam as garotas em poses comprometedoras e com poucas vestimentas, quando elas existem.
No entanto, dois homens no Japão ultrapassaram o “limite” e, além de produzirem as artes através da inteligência artificial, imprimiram o material e venderam como pôsteres pela internet. Se nas redes sociais este tipo de conteúdo já saiu do controle, ao menos as autoridades não deixaram a situação ser similar no mundo real.
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Um homem de 36 anos que mora na cidade de Yokohama e outro, de 40 anos, residente do município de Shiga, foram presos por violarem as Leis de Direitos Autorais do Japão desta forma. O uso da tecnologia rendeu 15,7 milhões de ienes (quase R$ 600 mil em conversão direta) entre o período de julho de 2023 e abril de 2024.
A polícia do Japão afirma que os dois usavam um software de inteligência artificial para criar ilustrações de diversas personagens (sendo algumas conhecidas de Yu-Gi-Oh!, Neon Genesis Evangelion e outras obras) e vendiam através de leilões na internet. As investigações localizaram os dois após operações de monitoramento.
Os dois acusados confessaram seu crime e a polícia do Japão afirma que todo o dinheiro obtido pelos dois homens foi utilizado para “cobrir despesas pessoais”. Ambos responderão judicialmente, enquanto as responsáveis pelas propriedades intelectuais não se manifestaram sobre o uso da tecnologia para este fim na internet.
Uso da inteligência artificial fora de controle?
O caso dos dois homens no Japão ressaltou a importância de monitorar o uso da inteligência artificial nas redes sociais e na internet. Em plataformas como o Instagram e o X, por exemplo, não apenas estas artes são compartilhadas com frequência, como também são vendidos conteúdos físicos e digitais baseados nestas ilustrações.
É válido ressaltar que este material fere os direitos autorais, além de ultrapassar os limites previstos na lei sobre o uso da tecnologia. Não é uma “novidade” na internet, mas como a IA tornou mais fácil a produção deste conteúdo (muitas vezes explícito), há um monitoramento mais amplo para conter a sua divulgação.
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