Sem dúvidas, o iPhone é um dos principais celulares presentes no mercado brasileiro. Apesar dos preços altos, o smartphone mantém uma base fiel de usuários, mesmo que não sejam do último lançamento. Contudo, outras marcas também oferecem tecnologias avançadas, mas não alcançam o mesmo sucesso. Tendo isso em vista, conversamos com especialistas do mercado e um comprador recente de iPhone para explicar o que leva as pessoas a adquirir o celular da Apple.

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Com o estudo, identificamos os diferenciais mais apreciados pelo público, como câmera, desempenho em apps como Instagram e a longa durabilidade.

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Quem compra iPhone no Brasil?

Antes de mais nada, para entender o que leva as pessoas a pagarem tão caro em um iPhone, é preciso saber quem compra o dispositivo. Vitor Teixeira, Diretor de Planejamento e Operações do KaBuM!, detalhou o principal público comprador:


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“O perfil de quem compra iPhone se concentra na faixa etária de 25 a 30 anos. Porém é importante destacar que a parcela de 18 a 24 anos vem crescendo nos últimos anos. Além disso, 60% do público é masculino e mais de 50% das vendas acontecem na Região Sudeste, seguidas pela Região Sul e Nordeste.” Explicou Teixeira.

Também chama a atenção o método de pagamento, já que mesmo sendo um produto de valor alto, o meio mais usado para pagar é o cartão de crédito.

Segundo o executivo, normalmente, o iPhone mais vendido no e-commerce especializado em eletrônicos é o modelo lançado no ano anterior.

A maioria das vendas é sempre do modelo antes do lançamento daquele ano. Para exemplificar, em 2024, 60% da venda foi a do iPhone 15, lembrando que o lançamento de 2024 foi o iPhone 16.” Detalhou o executivo.

Esse padrão aponta para clientes com uma fidelidade considerável, pois, mesmo em um ano com poucas inovações no lançamento, a troca de celular acontece no ano seguinte, após a queda do preço inicial.

Ana Paula Biasotti, gerente comercial de telefonia no Magalu, explica como a Apple conquistou uma base de usuários assíduos:

“Design, novas aplicações e um ecossistema inovador e de usabilidade simplificada construíram, ao longo do tempo, uma base de clientes que se mantém fiel até os dias atuais.” Comenta Ana.

Apple investe em vantagens entre produtos do ecossistema da marca para fidelizar o usuário (Imagem: Divulgação/Apple)

Sentimento de exclusividade 

Diferente de muitos modelos, o iPhone consegue fazer parte do contexto social do usuário, o que o torna ainda mais popular. Considerando o foco da Apple em celulares topo de linha, ao adquirir um modelo, automaticamente o consumidor possui um produto premium. 

Ou seja, o sentimento de exclusividade é comum após realizar a compra de um iPhone. Seja ele novo ou usado, o smartphone da Maçã costuma chamar a atenção por onde passa.

Logo da Maçã chama a atenção por onde passa (Imagem: Ivo Meneghel Jr/ )

Ana aponta que tal sensação está ligada ao renome da marca no mercado e ao status social que o iPhone é associado:

“A ampla presença da marca na mídia e a forte associação a um status social diferenciado fazem com que os usuários da Apple experimentem uma quase exclusividade ao possuir e exibir seus produtos”, destaca.

Câmeras e desempenho no Instagram são famosas 

Câmeras do iPhone são referência no mercado de smartphones (Imagem: Ivo Meneghel Jr/ )

Sem dúvidas, a câmera do iPhone é um dos grandes destaques do celular. A Apple mira registros com cores naturais e surpreende pelo nível de detalhe e realismo.

Ao longo dos anos, a marca conseguiu se manter como uma das referências no segmento. Para efeito de comparação, anualmente, é comum a fabricante disputar o Prêmio na categoria Câmera de Smartphone do Ano. Nesta 8ª edição, o iPhone 16 Pro Max concorre contra oponentes de peso. Vote e ajude a decidir o vencedor.

Além disso, desenvolver o próprio software e interface permite que a Apple alcance desempenho de ponta e fluidez nos apps, incluindo o Instagram.

Para Paulo Siqueira, Analista de Marketing escutado pelo , a confiabilidade na câmera e o desempenho no Instagram foram importantes para a recente decisão de compra de um iPhone 13:

“Com certeza a câmera foi um ponto levado em consideração para a compra, talvez o principal. Eu queria uma câmera boa e sabia que o iPhone teria essa característica após assistir análises e escutar relatos de amigos e familiares. O iPhone também tem essa integração bem legal com o Instagram, mas o maior fator foi a câmera”, explica.

iPhone dura mais que Android? Consumidores compram de olho na revenda

Por fim, outro ponto diferencial que os usuários levam em consideração no momento da compra do iPhone é a durabilidade e, consequentemente, seu potencial de revenda. E não é por menos, porque o público que compra celular usado é alto e os modelos da Maçã são referências pela alta durabilidade.

Para efeito de comparação, na OLX, os iPhones chamam a atenção pelo número de anúncios. Na plataforma de marketplace, o smartphone da Apple é sucesso de vendas.

De acordo com dados de 2024 enviados pelo marketplace para o , os iPhones líderes de vendas foram: iPhone 11, iPhone X, iPhone 13, iPhone 12 e iPhone 14, respectivamente. Em outras palavras, muitas pessoas seguem comprando celulares de segunda mão da marca lançados há até mesmo seis anos.

Isso acontece pela confiança que a marca conquistou no quesito durabilidade, segundo Ana Paula. 

“Os produtos são notoriamente mais duráveis em termos de hardware e possuem suporte/cobertura para mais anos de atualização de software, o que faz com que, além de terem uma vida útil mais longa, ainda preservem um alto valor de revenda.” Ressalta Ana.

Em outubro de 2024, o iPhone 11 foi o celular mais vendido na OLX (Imagem: Reprodução/TechTelegraph)

Essa resistência ao longo dos anos é devido às tecnologias de proteção, como a classificação IP68 contra respingos, água e poeira. A Apple garante que o celular funciona plenamente após mergulho debaixo d’água em profundidade de até 6 metros por até 30 minutos. Sobre a tela, especialmente, no iPhone 16 a marca estreou o novo revestimento Ceramic Shield que rivaliza com o Gorilla Glass, da Corning.

A alta durabilidade do celular, no geral, garante a possibilidade de vender o celular futuramente por um preço atrativo, ao contrário de muitos smartphones concorrentes. Para Paulo, a diferença entre iPhone e Android em relação à da revenda é nítida:

“O que eu mais vejo por aí é o pessoal revendendo iPhone, inclusive em lojas especializadas que só revendem o celular da Apple. Então, acredito que, se eu comprasse um Android, não teria o mesmo potencial de revenda do iPhone”, finaliza.

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