Microplásticos bloqueiam fluxo sanguíneo no cérebro

Cientistas da University of New Mexico em Albuquerque rastrearam microplásticos se movendo pelos corpos de camundongos em tempo real e perceberam que essas partículas bloqueiam o fluxo sanguíneo no cérebro.

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Para entender melhor como os microplásticos afetam o cérebro, os pesquisadores usaram uma técnica de imagem de fluorescência chamada microscopia de dois fótons em miniatura.

Na prática, eles deram aos camundongos água misturada com esferas fluorescentes de poliestireno. Células imunes conhecidas como neutrófilos e fagócitos ingeriram as partículas de plástico brilhantes.

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Algumas dessas células ficaram presas nas curvas apertadas de pequenos vasos sanguíneos em uma área do cérebro chamada córtex, como mostra o artigo publicado na revista Nature.

Os cientistas contam que algumas obstruções eventualmente desapareceram, mas outras permaneceram durante o período de observação de quatro semanas.

Microplásticos bloqueiam fluxo sanguíneo no cérebro (Imagem: Freepik)

Quando os pesquisadores injetaram as esferas de plástico nos camundongos intravenosamente, eles observaram as células brilhantes em minutos, e essas obstruções parecem se comportar de forma semelhante a coágulos sanguíneos.

Microplásticos no corpo humano

Ainda não sabemos se isso acontece com as pessoas também, visto que a pesquisa só foi feita com roedores. No entanto, estudos já detectaram a presença de microplásticos em sangue humano.

Para se ter uma noção, cerca de 80% das pessoas testadas apresentaram as partículas de polímero em suas amostras de sangue. Os microplásticos também já foram encontrados em artérias obstruídas por gordura.