X-Men insistem em fazer algo que Wolverine está de saco cheio de reclamar

Pode ser que você não tenha notado ou se importado muito com isso, entretanto, uma das maiores críticas aos X-Men residem em um fato muito delicado e grave. É tão importante que seu integrante mais popular, Wolverine, vem reclamando disso há décadas, e, aparentemente, ele chegou ao limite com esse assunto na atual fase.

Por várias décadas, Wolverine tem sido um dos oponentes vocais dos X-Men contra permitir que adolescentes e crianças se juntem à equipe. Isso faz ainda mais sentido quando analisamos sua característica primordial como “herói anônimo do faroeste”, um estereótipo comum na cultura pop: aquele cara durão e violento, solitário e amargo, que possui um código moral próprio baseado na defesa de inocentes e vulneráveis, em especial as crianças.

Wolverine sempre tretou sobre a participação de crianças em missões paramilitares (Imagem: Reprodução/Marvel Comics)

Logan sempre teve algum jovem protegido, a exemplo de Jubileu, Kitty Pride, Vampira (no filme da Fox) e até sua própria “filha”, X-23, entre outros. Se quiser fazer um paralelo com personagens semelhantes, basta olhar para The Mandalorian, o filme Drive, os quadrinhos de Lobo Solitário, os longas de Kill Bill de Quentin Tarantino, e por aí vai.

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Pois bem, Logan tem uma dedicação especial para os jovens, e ele é o maior crítico dos X-Men sobre o fato de a equipe recrutar os pequenos, que mal saíram da infância para a pré-adolescência e são recrutados para fazer parte de uma força paramilitar.

E, agora, na nova fase, com uma nova geração de mutantes se reunindo como aprendizes, Logan está disposto a brigar com todo mundo para evitar que esses jovens se tornem também parte de um exército — nem que, para isso, ele desista completamente dos X-Men.

Logan fica pistola com todos os X-Men

Em Uncanny X-Men #9, lançado recentemente, os X-Men da facção da Louisiana comandada pela Vampira aproveitam uma rara oportunidade para relaxar após uma missão relativamente bem-sucedida na Prisão Graymalkin, onde estava Charles Xavier e a versão rejuvenescida do Fera em um clone.

Com os X-Men ainda sem um líder centralizado, os heróis decidem que cada X-Man escolherá seu próprio Outlier, que são os novos mutantes de uma nova geração, para orientar. Wolverine discretamente escolhe Ransom como seu aluno, simpatizando com a mentalidade solitária e cabeça quente do jovem Filho do Átomo, pois Logan acredita que o rapaz possa ser um futuro líder.

No entanto, quando o adolescente brinca perguntando a Logan se os Outliers ganharão jaquetas dos X-Men, ele responde “Espero que nunca”. Embora acredite que seus colegas façam bem ao mundo e tenha insistido em várias maneiras de amenizar a participação de jovens em guerras de seus pares, o último genocídio que ocorreu no Massacre de Mutantes em Krakoa deixou Wolverine ainda mais ressabiado com a verdadeira missão da equipe.

Wolverine diz ao seu novo protegido que espera não vê-lo usado uma jaqueta dos X-Men (Imagem: Reprodução/Marvel Comics)

Isso não é algo surpreendente, pois, em várias fases de todas as décadas após os anos 1990, Logan tem insistido nessa questão com um comportamento consistente. Após o colapso de Krakoa, ficou claro que o “X” não é um farol de esperança, é sim de violência. Crianças como os Outliers só viram os X-Men pela mídia. Eles estão acostumados a ver heróis vestidos de forma chamativa, e o veterano não quer que isso seja um chamariz para missões perigosas.

Wolverine ainda não está desistindo, e admite que não está pedindo o mesmo para os Outliers. Na visão de Logan, os X-Men não deveriam ser um objetivo final para todos os mutantes, e sim uma ponte para a liberdade. Mas, agora, mais do que nunca, está de saco cheio de reclamar de algo que nunca mudou desde o início do grupo.