O chatbot chinês DeepSeek pegou o segmento de IA de surpresa ao oferecer uma ferramenta para bater de frente com ChatGPT, Gemini e outros concorrentes enquanto usa um orçamento muito menor. A popularidade do app, por outro lado, levantou questões de privacidade sobre o tratamento dos dados.
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O analisou a política de privacidade da plataforma para entender quais dados são coletados e como o modelo de IA é treinado, além de comparar os termos com o concorrente ChatGPT. A seguir, tire as seguintes dúvidas:
- Quais dados são coletados pelo DeepSeek?
- O DeepSeek usa dados de usuários para treinamento?
- Por quanto tempo os dados ficam armazenados?
- O que muda com relação à política do ChatGPT?
Quais dados são coletados pelo DeepSeek?
A política de privacidade divide a coleta de dados em três categorias diferentes: as informações fornecidas pelo usuário, informações coletadas automaticamente e aquelas vindas de outras fontes.
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O primeiro caso engloba todos os dados que o usuário fornece no momento do cadastro, nas interações com a IA e nas tentativas de contato com canais oficiais da plataforma. O DeepSeek pode coletar nome de usuário, endereço de e-mail, senha, data de nascimento e número de celular (quando aplicáveis), além de prompts e arquivos enviados nas conversas.
A segunda categoria envolve tudo o que é automaticamente coletado por sites e aplicativos do gênero, como informações de cookies de terceiros, dados técnicos (endereço IP e identificador de dispositivo, por exemplo) e informações sobre o uso da plataforma (quais ações e recursos foram usados.
Por fim, as informações vindas de terceiros incluem o acesso com contas de outras plataformas, como Apple e Google, e dados compartilhados por anunciantes sobre sua atividade na web.
O DeepSeek usa dados de usuários para treinamento?
Sim. Na aba “Como usamos suas informações”, a empresa diz que pode usar os dados para “treinar e melhorar a tecnologia” e ainda consegue “monitorar interações e dados de uso entre seus dispositivos”.
A medida é, segundo a empresa, uma forma de “analisar, melhorar e desenvolver o serviço”. Além disso, os dados seriam usados para garantir a segurança da plataforma e cumprir com obrigações legais.
Uma recomendação de segurança comum entre chatbots de IA é evitar fornecer dados pessoais e sensíveis durante as conversas e isso se aplica ao DeepSeek. Esses serviços operam com uma conexão a um servidor de terceiros, então as informações podem ficar hospedadas em ambientes externos, o que aumenta o risco de vazamentos.
É um cenário diferente de assistentes de celulares estilo Galaxy AI e Apple Intelligence, que executam tarefas localmente no aparelho e reforçam a privacidade.
Por quanto tempo os dados ficam armazenados?
A empresa informa que os dados podem ser mantidos pelo tempo necessário para cumprir com obrigações legais e contratuais ou quando há um interesse em mantê-lo para negócios — melhorar serviços e aumentar a segurança da ferramenta são exemplos mencionados.
O usuário pode apagar o histórico de conversas no DeepSeek a qualquer momento e excluir a conta quando quiser. Após apagar o perfil, não é possível recuperar qualquer conteúdo gerado ou compartilhado com a plataforma.
O que muda com relação à política do ChatGPT?
O texto da política de privacidade do DeepSeek segue padrões comuns no segmento, inclusive com aspectos presentes no ChatGPT. A ferramenta da OpenAI também coleta dados para treinamento e armazena o histórico de conversas, mas oferece uma opção para impedir que isso aconteça no perfil.
A principal diferença está na localização dos servidores: no caso do DeepSeek, os dados são armazenados em servidores na China, enquanto a base de dados da OpenAI fica nos Estados Unidos.
Além disso, o ChatGPT possui um modo “anônimo” que permite conversar com a IA sem fazer login. Alternativas como Meta AI, Gemini e o próprio DeepSeek exigem um cadastro para interagir com o chatbot.
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