Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Genebra e de outros países confirmou o exoplaneta HD 20794 d após 20 anos de observações com os melhores telescópios do mundo. Localizado a 20 anos-luz da Terra, este mundo rochoso entra e sai da zona habitável da sua estrela, a região em que a água pode existir no estado líquido.

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Superterras como HD 20794 d são exoplanetas maiores que o nosso. O mundo em questão fica em um sistema com outros dois vizinhos e orbita uma estrela parecida com o Sol a apenas 19,7 anos-luz de nós, ou seja, está bem pertinho da Terra — em termos astronômicos, claro. 

Xavier Dumusque, pesquisador do Departamento de Astronomia da Universidade, observou que HD 20794, estrela que o planeta orbita, não é nada comum. “Sua luminosidade e proximidade a tornam uma candidata ideal para telescópios futuros cuja missão vai ser observar as atmosferas dos exoplanetas diretamente”, explicou. 


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Durante sua órbita, HD 20794 d fica na zona habitável do astro, que é uma das condições necessárias para a vida como conhecemos. Se houver água por lá, a órbita elíptica do planeta faria com que ela fosse do estado sólido para líquido, o que poderia contribuir para o surgimento de vida. 

Os astrônomos suspeitavam desde 2011 que a estrela HD 20794 poderia ser orbitada por três possíveis planetas, mas todos pareciam estar longe demais para abrigar vida. Assim, o primeiro sinal da existência do exoplaneta HD 20794 d foi anunciado em 2023 por pesquisadores da Universidade de Oxford. 

Só que, na época, a detecção foi considerada bem provisória. “Trabalhamos na análise de dados durante anos, analisando e eliminando gradualmente todas as possíveis fontes de contaminação”, recordou Michael Cretignier, coautor do novo estudo. 

A descoberta de HD 20794 d oferece aos cientistas um ótimo laboratório para testes de novas hipóteses enquanto procuram por vida fora da Terra. Além disso, a proximidade do planeta à sua estrela o torna um objeto de interesse para observações com instrumentos poderosos de última geração, como o espectrógrafo ANDES, do Extremely Large Telescope (ELT). 

O artigo que descreve as descobertas foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

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