A criação de uma criptomoeda é um processo complexo que exige conhecimento em blockchain, infraestrutura, desenvolvimento de comunidade e outros fatores. Iniciantes devem ter atenção redobrada aos detalhes para garantir um resultado eficaz.

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Para entender melhor esse processo, o  conversou com um especialista para elencar os principais mecanismos na criação de uma criptomoeda. Tire as seguintes dúvidas a seguir:

  • Como criar uma criptomoeda
  • Onde guardar a criptomoeda?
  • Quais custos devem ser considerados;
  • Qual é o maior desafio na criação de uma criptomoeda?
  • Como criar uma comunidade em torno da criptomoeda
  • Precisa de alguma autorização?

Como criar uma criptomoeda

O CEO da Boost Research e investidor em criptomoedas, André Franco, elenca que o principal ponto para dar o pontapé na criação de uma criptomoeda é estabelecer um objetivo.


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“Você pode partir de um ponto como fundador, visando maximizar os ganhos com uma criptomoeda. Ou pode partir do ponto de vista de um projeto para terceiros, como clientes de uma instituição”, exemplifica. 

Outro fator importante é a escolha da tecnologia blockchain a ser usada. Ela é a plataforma capaz de registrar transações de criptomoedas de forma descentralizada. 

Franco aponta que para isso será preciso um estudo aprofundado para a implantação da tecnologia. Além disso, o possível criador de uma criptomoeda pode optar pela cópia de um “fork” — tecnologia blockchain já existente —, o que requer a análise da documentação do projeto, por exemplo. 

“Quando a gente fala de escolher uma tecnologia blockchain, você já tem sistemas muito bons, como Ethereum e Solana, que poderiam se apoiar sem muita necessidade de tentar criar algo novo, a não ser que o interessado tenha uma visão muito óbvia de como isso seria melhor”, acrescenta Franco. 

Também é preciso levar em consideração o mecanismo de consenso da criptomoeda. Esse fator irá decidir como as transações serão verificadas no sistema de blockchain. Há duas opções disponíveis:

  • Prova de trabalho (PoW): exige uma enorme quantidade de poder de processamento e dependa da mineração da criptomoeda. Blockchains de prova de trabalho são protegidas e verificadas por mineradores virtuais de diversos países;
  • Prova de Participação (PoS): não depende da mineração da criptomoeda. Para este consenso, quanto mais cripto um usuário possui, maiores são as chances de ser escolhido para validar as transações. 

Onde guardar a criptomoeda?

Há algumas opções para guardar a criptomoeda criada. O usuário pode optar por uma carteira de hardware que armazena as chaves privadas da criptomoeda offline.

O criador também pode optar por uma custódia institucional, em que empresas fornecem armazenamento especializado para grandes quantidades de criptomoedas. 

Quais custos devem ser considerados?

O especialista explica que a criação em si da criptomoeda não requer muito investimento. “Se você pensar que qualquer um hoje pode lançar uma memecoin, não existe tantos custos assim. O que de fato envolve os custos é a criação da empresa que você vai ter”, acrescenta. 

Isso porque, os aportes na criação de uma empresa para a nova criptomoeda virão antes mesmo do lucro que a moeda possa gerar. 

Qual é o maior desafio na criação de uma criptomoeda?

O CEO da Boost Research elenca o estabelecimento de uma comunidade para a criptomoeda, assim como fazer esse conjunto ter tração como os maiores desafios. 

Ele explica que esse fator implica na construção de um grupo forte que possa levar o nome do projeto de criptomoedas para frente. 

Como criar uma comunidade em torno da criptomoeda

Franco indica que seja criado algum tipo de grupo para angariar interessados na nova moeda: “eu diria que para construir uma comunidade, você deveria primeiro criar um grupo, de alguma forma, no Discord, Telegram”, elenca o especialista. 

Ele adiciona que é preciso engajar as pessoas em certas atividades para que a comunidade se torne forte e atraia outros usuários.

Precisa de alguma autorização?

Não. Isso porque, a regularização e autorização de criptomoedas no Brasil ainda é incipiente. Franco explica que é possível buscar um aval regular através da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil ou a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) nos Estados Unidos (EUA). 

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