O Fokker 100 foi um avião importante para a antiga Tam, hoje Latam, no Brasil. Foi com esse modelo que a empresa cresceu e se tornou uma gigante no setor, mas ao mesmo tempo a aeronave se tornou temida por aqui por conta de alguns acidentes. Mesmo sendo um avião seguro e utilizado em outros países, a fama do Fokker 100 se tornou negativa. Mas quem ignorar isso, pode adquirir uma unidade pelo preço de um SUV compacto.

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Há alguns anos, a Montenegro Airlines faliu, o que fez com que algumas aeronaves da empresa fossem leiloadas. Porém, ainda restou um último Fokker 100, que está com um preço fixado em 23.900 euros. Ao converter esse valor no câmbio atual, dá cerca de R$ 142 mil, valor perto do preço de um Fiat Pulse Impetus ou de um Volkswagen Nivus Comfortline.

Mesmo tendo cerca de 30 anos, esse valor para um avião comercial é inacreditavelmente baixo, já que normalmente essas aeronaves custam algumas dezenas de milhões de dólares (ou euros, no caso). Não há informações sobre o estado de conservação do Fokker 100, mas de qualquer forma o preço é bastante baixo. Os interessados em comprar o avião têm até o dia 24 para formalizar o lance.


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Como o Fokker 100 se tornou um avião temido?

Em 1990, a Tam recebeu o primeiro Fokker 100 do Brasil, o que marcou um novo capítulo na empresa aérea, já que representou a fase de expansão da empresa. A Tam chegou a ter 51 unidades deste avião, que foi fundamental para transformar a empresa em uma das principais companhias aéreas do país.

Fokker 100 foi fundamental para o crescimento da antiga Tam, hoje Latam (Imagem: Divulgação/Tam)

No entanto, ao mesmo tempo que o Fokker 100 foi um sucesso comercial, o avião também ficou marcado por incidentes e acidentes. O mais grave aconteceu em 31 de outubro de 1996, quando um Fokker 100 da Tam caiu pouco depois de decolar do Aeroporto de Congonhas (SP). Não houve sobreviventes, com 99 pessoas mortas na tragédia.

Diversos outros incidentes menores aconteceram, o que fez com que o Fokker 100 se tornasse um avião temido no Brasil. Aos poucos, a Tam migrou sua frota para o Airbus A320, vendendo as unidades que tinha do Fokker 100.

Mudança de nome

Ao mesmo tempo que a Tam se desfazia de seus Fokker 100, a OceanAir, que depois se tornou a Avianca Brasil, passou a comprar algumas unidades do Fokker 100 para expandir suas operações, em um movimento parecido com que a Tam fez nos anos 1990.

A OceanAir/Avianca Brasil mudou o nome do Fokker 100 para MK-28 (Imagem: Reprodução/Wikimedia)

Porém, para evitar rejeição por parte do público, a companhia aérea mudou o nome do modelo para MK-28, mas se tratava do mesmo Fokker 100 já utilizado pela Tam. A OceanAir/Avianca Brasil fez voos com o modelo entre 2005 e 2015, mas depois passou a focar suas operações nos aviões da Airbus.

Apesar de ter se tornado um avião temido no Brasil, o Fokker 100 fez sucesso no mercado internacional, principalmente em rotas de média e curta distância. O baixo custo de operação e a segurança do modelo são alguns pontos destacados pelas empresas do exterior.

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