Uma pesquisa publicada na quarta-feira (19) na revista científica Nature revelou que o fator determinante para o envelhecimento não é tanto a genética, e sim os hábitos de cada indivíduo.
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Liderado por pesquisadores da Oxford Population Health, o estudo mostrou que fatores ambientais impactam muito mais a saúde e a possibilidade de morte prematura do que os genes.
Entre esses fatores estão, claro, o estilo de vida, que considera hábitos como tabagismo e níveis de atividade física, e condições de vida, como moradia e condição socioeconômica.
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Para chegar a esse resultado, foram analisados dados de quase meio milhão de participantes do UK Biobank (banco de dados do Reino Unido contendo informações sobre saúde).
Dentro desse escopo, os pesquisadores avaliaram a influência de 164 fatores ambientais, bem como o índice de risco genético para as 22 principais doenças associadas ao envelhecimento e a morte prematura.
“Embora os genes desempenhem um papel fundamental nas condições cerebrais e em alguns tipos de câncer, nossas descobertas destacam oportunidades para mitigar os riscos de doenças crônicas do pulmão, coração e fígado, que são as principais causas de incapacidade e morte em todo o mundo”, afirmou em comunicado à imprensa Cornelia van Duijn, uma das autoras do estudo.
Principais conclusões
Ao todo, foram identificados 25 fatores ambientais que influem em menor qualidade de vida e maior risco de morte. Entre eles, tabagismo, status socioeconômico, atividade física e condições de vida tiveram o maior impacto na mortalidade e no envelhecimento biológico. Ao todo, 23 dos fatores identificados são modificáveis.
Os fatores relacionados ao estilo de vida explicaram 17% da variação no risco de morte, em comparação com menos de 2% explicados pela predisposição genética.
O tabagismo foi associado a 21 doenças; fatores socioeconômicos, como renda familiar, moradia e situação de emprego, foram associados a 19 doenças; e a atividade física foi associada a 17 doenças.
Além disso, também foi demonstrado que exposições precoces, como apresentar sobrepeso ou subnutrição aos 10 anos e tabagismo materno próximo ao nascimento, influenciam o envelhecimento e o risco de morte prematura entre 30 e 80 anos depois.
As exposições ambientais tiveram um efeito maior nas doenças do pulmão, coração e fígado, enquanto o risco genético dominou as demências e o câncer de mama.
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