Todo mundo que gosta de super-heróis sabe que as animações da Warner Bros. baseadas nos ícones da DC Comics são um sucesso absoluto e muito superiores às adaptações para a TV e o cinema — tanto é que existe um Universo Animado DC próprio (ou DCAU, na sigla em inglês) antes mesmo das tramas interconectadas em live-action. Mesmo assim, os fãs sentiram falta de um recurso do Batman que apareceu antes em filmes e games e só foi incorporado aos desenhos depois de 27 anos.
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A versão da linha do Batman do DCAU é considerada por muitos espectadores como uma das melhores iterações audiovisuais do Cavaleiro das Trevas graças à adaptação fiel ao material original dos quadrinhos e às performances vocais do falecido ator Kevin Conroy como o Homem Morcego.
O DCAU começou com Batman: A Série Animada, a partir de 1992, que era parte da campanha de marketing do filme live-action de 1992, Batman: O Retorno, com a animação usando elementos do filme como inspiração para seus designs iniciais para a Mulher-Gato e o Pinguim.
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O show foi recebido com aclamação da crítica e logo levou ao lançamento de mais programas de TV animados ambientados no mesmo universo, como Liga da Justiça Sem Limites, que, mesmo após o seu final, em 2006, ainda alimenta o DCAU com novas propriedades dos quadrinhos.
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Contudo, o Batman do DCAU não tinha a capacidade que ao longo das últimas décadas se tornou essencial, depois de Batman: O Retorno; e, principalmente, nos games da franquia Batman Arkham.
Batman dos desenhos não usava a capa como planador
Nas animações, mesmo depois de Batman: O Retorno, que estreou a capa de Batman como planador, a animações usavam dispositivos separados, como asa-delta em forma de morcego, a exemplo do que foi visto em Batman: A Série Animada.
Nas animações As Novas Aventuras de Batman, o Homem-Morcego usava dispositivo externo para voar: um jetpack em forma de morcego como uma alternativa ao veículo Batwing. Aliás, a ausência do recurso de planar com a capa quase levou o Cavaleiro das Trevas à morte em um episódio de Liga da Justiça Sem Limites, quando o herói teve que ejetar de uma aeronave e o Superman o salvou no último momento.
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Eis que, em Liga da Justiça vs Os Cinco Fatais, de 2019, o DCAU finalmente viu o Homem-Morcego utilizar a habilidade de planar com a capa, que estrou em Batman: O Retorno, de 1992. A capa planadora do Batman tem uma história fascinante nos quadrinhos em suas adaptações, estranhamente sendo um dos dispositivos mais antigos e mais recentes do Batman, de certa forma, justamente por conta disso.
Bill Finger e Bob Kane inicialmente imaginaram que a capa do Batman seria inspirada nas ilustrações de Leonardo da Vinci, mas Batman acabou sem uma capa planadora funcional por décadas, usando dispositivos como uma asa-delta separada nos quadrinhos.
Batman: O Retorno finalmente fez justiça ao design original imaginado no final dos anos 1930 e deu ao Batman uma capa planadora funcional pela primeira vez. Isso foi usado com mais frequência na Trilogia do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan e nos videogames Batman Arkham, levando-o a se tornar parte da tradição dos quadrinhos.
Mas, como você sabe agora, demorou 27 anos para os desenhos animados incorporarem essa ferramenta fundamental do Homem-Morcego.
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