Não há um frentista no mundo que deixe de perguntar, ao fim do abastecimento, se o motorista deseja “parar no automático” ou, então, “encher o tanque até a boca”. Então, amigo canaltecher, saiba que se você é adepto à última opção, está colocando seu veículo — e seu bolso — em risco.
- Como o carro flex sabe se está rodando a gasolina ou a etanol?
- Qual é a diferença entre gasolina comum e aditivada?
A prática de não respeitar o limitador automático das bombas de combustível na hora de abastecer é mais comum do que pode parecer, mas por puro desconhecimento por parte dos motoristas.
O CT Auto vai explicar a seguir o porquê encher o tanque até a boca pode danificar não apenas o carro, mas também causar malefícios ao funcionário do posto, e até ao meio-ambiente.
–
Entre no Canal do WhatsApp do e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Carros antigos não têm esse problema
A prática de encher o tanque até a boca é antiga e, para ser justo, não causava problemas até o início da década de 1990. O motivo, caro canaltecher, é bastante simples, e tem um nome: cânister.
Ver essa foto no Instagram
Os veículos fabricados anteriormente a essa data não contavam com o cânister, filtro que absorve os gases que saem do tanque de combustível e reduzem sua nocividade.
A função do tal caninho é muito semelhante com a exercida pelo catalisador, que fica localizado no escapamento e também tem a missão de reduzir a emissão de gases nocivos.
Por que abastecer até a boca é perigoso?
Agora que explicamos o que é o cânister e o porquê de carros mais antigos não terem esse problema, chegou a hora de mostrar quais os perigos de abastecer o carro com combustível até a boca.
O principal problema ocorre porque o gás do tanque é tratado em um filtro de carvão ativado. Quando você enche até a boca, acaba liberando líquido ao invés de vapor. Com o tempo, esse processo começa a danificar esse filtro e, por consequência, gera altos custos para a reparação das peças.
Os carros, porém, não são os únicos que podem sofrer prejuízos com a prática de abastecer até a boca do tanque. O procedimento também pode gerar problemas de saúde aos funcionários do posto.
O risco se dá por conta da alta exposição ao benzeno, que é um gás considerado cancerígeno. Por conta disso, em alguns postos de combustível já há orientação, e até placas informativas, para que o frentista não avance após o automático, mesmo se o cliente pedir.

Em relação ao meio-ambiente, o risco também é grande. Isso acontece porque o cânister danificado pelo vazamento do líquido no carvão ativado perde sua função principal, que é a de filtrar os poluentes que são liberados durante o abastecimento. A consequência é o aumento da poluição gerada pelo carro.
Leia também:
- Etanol x gasolina: aprenda a calcular o que vale mais a pena
- Quantos litros de gasolina têm na reserva do tanque do carro?
- Você sabe como desligar um carro automático da maneira certa?
Vídeo: Hidrogênio é o combustível do futuro? Entenda essa história
Leia mais matérias no ItechNews .