Na última terça-feira (11), um estudo publicado na revista JAMA revelou que cuidar do coração ajuda a manter o cérebro jovem por mais tempo, retardando o envelhecimento cerebral e reduzindo o risco de demência.
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O coração e o cérebro estão mais conectados do que imaginamos. Quando o sistema cardiovascular não funciona corretamente, a circulação sanguínea para o cérebro pode ser comprometida, aumentando o risco de lesões cerebrais e doenças neurodegenerativas.
A pressão alta, o colesterol elevado e outras condições cardíacas podem acelerar o envelhecimento cerebral, favorecendo quadros de demência, como o Alzheimer.
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Um dos principais fatores apontados pelo estudo foi o impacto de problemas como a fibrilação atrial, uma condição caracterizada por batimentos cardíacos irregulares.
Essa alteração pode causar pequenos coágulos que afetam a irrigação do cérebro, prejudicando a memória e outras funções cognitivas ao longo do tempo.
A importância de cuidar do coração
O estudo tentou entender se a saúde cardiovascular influencia vários biomarcadores de processos neurodegenerativos, incluindo níveis séricos de cadeia leve de neurofilamento (NfL) e tau total (t-tau). A equipe também mediu mudanças nesses níveis de biomarcadores ao longo de um período de 10 anos.

Os resultados do estudo publicado na JAMA mostraram que quanto melhor a saúde do coração, menores eram os níveis da proteína NfL no sangue, que está associada ao envelhecimento cerebral.
Para cada ponto a mais na pontuação referente à saúde cardiovascular, os níveis dessa proteína diminuíam significativamente. Já outra proteína analisada, a t-tau, não apresentou relação.
Idosos com melhor saúde cardiovascular tinham menores níveis da proteína NfL, ligada a doenças neurodegenerativas. O efeito foi ainda mais evidente em pessoas com predisposição genética para o Alzheimer. Essas descobertas destacam a importância de cuidar do coração e assim proteger o cérebro, especialmente em grupos de maior risco.
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