
Resumo
- Usuários têm utilizado o Gemini 2.0 Flash do Google para remover marcas d’água de imagens.
- Relatos de sucesso na remoção foram registrados em plataformas como X e Reddit.
- Para evitar violação de direitos autorais, as rivais Anthropic e OpenAI configuram seus modelos de IA para não permitir a prática.
É interessante como as pessoas não demoram para encontram utilidades variadas para tecnologias novas. Um exemplo vem da ferramenta de IA do Google: usuários estão usando o Gemini para remover marcas d’água de imagens, como aquelas que aparecem em fotos da Getty Images.
Trata-se de um tipo de uso recente. Desde o final de janeiro, o Google vem liberando o Gemini 2.0 Flash para usuários no mundo todo. Na última semana, essa expansão alcançou um número expressivo de pessoas. Foi quando esse modelo de IA passou a ser usado para remoção de marcas d’água.
Apesar de trabalhar com texto em seu modo padrão, o Gemini 2.0 Flash também pode ser usado para gerar ou editar imagens. Um dos destaques da nova versão é justamente o aprimoramento do tratamento desse tipo de conteúdo por meio da implementação do modelo Imagen 3, que segue as instruções do usuário com mais precisão, de acordo com o Google.
Pois bem, os usuários trataram de tirar a prova. Em plataformas como X e Reddit, várias pessoas relataram ter tido sucesso no uso da inteligência artificial do Google justamente para remoção de marcas d’água.
Os exemplos mostrados pelos usuários indicam que a ferramenta é capaz de remover não só aquelas marcas que ficam no canto das imagens, como também aquelas que preenchem toda a foto, embora uma ou outra imperfeição ainda possa ser notada.
No momento, esse recurso só funciona para quem usa o Gemini 2.0 Flash integrado a ferramentas de desenvolvimento, como o Google AI Studio. Se funcionasse no aplicativo ou versão web do Gemini, talvez um número expressivo de pessoas já estaria usando a ferramenta para tirar marcas d’água de fotos.
Gemini 2.0 Flash, available in Google’s AI studio, is amazing at editing images with simple text prompts.
It also can remove watermarks from images (and puts its own subtle watermark in instead
) pic.twitter.com/ZnHTQJsT1Z
— Tanay Jaipuria (@tanayj) March 16, 2025
Isso não pode trazer complicações para o Google?
Pode. Marcas d’água protegem a imagem de uso não autorizado. Quem quiser usar uma foto limpa do Shutterstock, por exemplo, precisa pagar uma licença para isso (o serviço oferece pacotes ou assinaturas para esse fim).
É por isso que modelos como Claude 3.7 Sonnet (Anthropic) e GPT-4o (OpenAI) foram configurados para não permitir a remoção de marcas d’água de imagens, embora sejam capazes de fazer isso.
Procurado, o Google não informou se pretende aplicar uma restrição similar no Gemini 2.0 Flash, mas há boas chances de que isso aconteça em algum momento.
Primeiro porque, nos Estados Unidos, a remoção indevida de marcas d’água violam as leis de direitos autorais. Além disso, os recursos para geração ou tratamento de imagens do Gemini 2.0 Flash ainda estão em fase experimental. É possível que a versão final da tecnologia incorpore uma restrição contra remoção de marca d’água.
O contrassenso dessa história toda é que o Gemini insere o seu próprio logotipo como marca d’água nas imagens que edita ou gera.
Com informações do TechCrunch
Gemini Flash 2.0 remove marcas d’água, e isso pode complicar o Google
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