Parece que Sagittarius A*, o buraco negro no coração da Via Láctea, está cercado por fenômenos que são como tornados cósmicos. A descoberta foi feita por pesquisadores que analisaram os dados do radiotelescópio ALMA, e conseguiram entender melhor os ciclos de criação e destruição que ocorrem no centro da nossa galáxia. 

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O Atacama Large Millimeter/ submillimeter Array (ALMA) é composto por uma rede de radiotelescópios instalados no Chile. O instrumento tem tanta sensibilidade que revelou com grande nitidez os mistérios da chamada zona centra molecular (CMZ), no interior da Via Láctea. 

Filamentos cercando o buraco negro da Via Láctea (Reprodução/ Yang et al.)

O que acontece é que os cientistas já sabiam que a região é repleta de moléculas de gás, envoltas o tempo inteiro em ciclos de formação e destruição. No entanto, o mecanismo por trás deste processo permaneceu oculto. 


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Com o ALMA, os pesquisadores descobriram um novo tipo de estrutura filamentar longa e estreita ali. Eles suspeitam que as interações entre o ambiente e os filamentos produzem ondas de choque, que contêm pistas importantes sobre os processos na CMZ. 

“Podemos imaginá-los como tornados espaciais: são fluxos violentos de gás, que se dissipam rapidamente e distribuem materiais no ambiente de forma eficiente”, descreveu a equipe de Kai Yang, que analisou os filamentos. Ainda não se sabe exatamente como estas estruturas são formadas, mas é provável que tenham relação com os choques.  

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics. 

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